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Flamengo vai ao TJD e pede impugnação da partida contra o Comercial

Após o empate em 1 a 1 com o Comercial, no último final de semana, em Ribeirão Preto, o Flamengo demonstra que não vai aceitar passivamente a polêmica eliminação no Campeonato Paulista da 4ª Divisão. O clube entrou com uma ação no Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista de Futebol pedindo a impugnação da partida e a consequente paralisação da competição antes do início das semifinais.
 
O Flamengo alega interferência externa na decisão do árbitro Salim Fende Chavez em validar o gol do Comercial, após ter marcado falta do atacante Michel Renner no goleiro Matheus Santillo, do rubro-negro. Do momento do gol, aos 37 minutos do segundo tempo, até a decisão de validar o empate do Bafo, foram 11 minutos de muita confusão.
 
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“O árbitro e o auxiliar anularam o gol ao marcar obstrução no Matheus. Eles chegaram a explicar isso para o Michel, que fez o gol. Disseram que ele ficou parado e impediu a ação do Matheus. Depois da pressão sofrida, o árbitro disse ao Matheus e ao [lateral direito do Flamengo] Greick que jornalistas avisaram que não havia sido falta”, disse o presidente do Flamengo, Edson David Filho.
 
Segundo o dirigente, outros atletas também afirmam ter ouvido a explicação do árbitro. “Eu não estou reclamando da decisão nos lances. No futebol, existe o chamado ‘erro de fato’, quando o árbitro tem uma interpretação errada. Isso acontece. Mas o que não podemos aceitar é a forma com a qual ele chegou nas decisões. Isso é ‘erro de direito’ e nós vamos atrás do prejuízo”, disse.
 
Além do lance do gol de empate do Comercial – que significou a eliminação do Flamengo –, o clube guarulhense também reclama de um pênalti ainda no primeiro tempo. “O Zé Gatinha foi derrubado claramente e o árbitro marcou a penalidade com muita convicção. Mas um dos auxiliares fez ele voltar atrás. Se fizéssemos 2 a 0 no primeiro tempo seria muito difícil tomarmos o empate. Fomos muito prejudicados em uma fase na qual estávamos perto da semifinal. É todo um trabalho jogado fora. No vestiário, além da revolta, havia jogadores chorando copiosamente pela forma com a qual fomos eliminados”.
 
Durante a confusão que tomou conta do gramado do Estádio Palma Travassos após o gol do Comercial, um cachorro da Polícia Militar mordeu o braço do atacante Vinícius Faria, do Flamengo.
 
Ameaça
Além da manifestação de mais de um atleta de que o árbitro Salim Fende Chavez teria afirmado ter recebido informação de jornalistas sobre o lance do gol de Michel Renner, outra coisa motivou o Flamengo a entrar com o pedido de impugnação da partida. Na súmula do jogo, o árbitro relatou uma grave ameaça ocorrida na chegada da equipe de arbitragem ao estádio.
 
“Estou há muito tempo no futebol e é até comum, infelizmente, os árbitros serem ofendidos. Mas eu nunca vi um árbitro relatar em súmula uma ameaça de morte, colocando inclusive detalhes como a placa do veículo dos ameaçadores. Isso deixa claro que a equipe de arbitragem estava pressionada para comandar o jogo. Isso é muito grave”, apontou Edson David Filho.
 
Segundo o documento, assinado pelo árbitro, a equipe de arbitragem foi abordada nas proximidades do estádio, antes da partida, por torcedores em um veículo Gol, cor cinza, de placas FGO-9056. “Um torcedor se colocou à frente do carro da arbitragem bloqueando a passagem: ‘Apita direito essa merda aqui hoje, senão vocês não sairão daqui vivos. Ficará pequeno para vocês. Vocês sabem como funciona aqui no Comercial…", diz trecho da súmula.

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