O grupo de medicina diagnóstica Fleury pode voltar às compras. Depois de seis anos distante das aquisições, a companhia quer sair do posto de “coadjuvante” do mercado, nas palavras do presidente Carlos Marinelli. Ele reconhece que, enquanto a companhia se concentrou em ajustes internos, abriu espaço para que a concorrência ganhasse mercado até mesmo na capital paulista, onde a marca Fleury é mais forte.
Em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Marinelli afirmou que a companhia tem atualmente em análise entre 15 e 20 negociações para aquisições. O interesse envolve até laboratórios de pequeno porte, que poderiam ser uma forma de o Fleury acelerar a expansão em regiões onde já atua e a demanda supera a capacidade da rede de atendimento.
A última aquisição foi a do Labs DOr, no fim de 2010. Nos últimos meses, o Fleury viu seus maiores concorrentes ocuparem cada vez mais espaço em alguns de seus principais mercados. Em São Paulo, a Dasa anunciou em janeiro a compra da SalomãoZoppi e a Alliar, do Pátria Investimentos, adquiriu, em 2014, o Centro de Diagnósticos do Brasil (CDB).
Sócio
Em setembro de 2015, o fundo americano Advent comprou 13% do Fleury, após longa e frustrada conversa com o Gávea, também sócio do laboratório mineiro Hermes Pardini, na tentativa de promover a fusão das duas empresas. Agora, o Hermes Pardini prepara-se para abrir o capital. “Não adiantava para nós tirar o foco da empresa e fazermos aquisições num momento em que as margens estavam caindo”, disse. “Agora queremos trazer de volta o protagonismo do Fleury.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.