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Flip 2019: dicas da programação paralela

A Flip está chegando novamente a Paraty – é a 17.ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty, cidade recentemente escolhida como patrimônio histórico e cultural pela Unesco. Como falamos ano passado, a programação paralela cresceu e se tornou parte fundamental do acontecimento que a Flip sempre quis ser em Paraty (assim como a abertura do telão e a mudança da Festa para a Praça da Matriz alguns anos antes, medidas que seguem em 2019). A Flip deste ano ocorre de 10 a 14 de julho.

A Flip também lança nesta quarta-feira, 10, seu aplicativo, onde, segundo a organização, os usuários poderão assistir ao vivo às mesas da programação principal da edição de 2019, bem como receber notificações para acompanhar o que está acontecendo por ali.

O homenageado da Flip 2019 é Euclides da Cunha e pode ser interessante acompanhar que tipo de resgate a obra do autor sofrerá nas ruas de Paraty, como aconteceu nos últimos dois anos com Lima Barreto e Hilda Hilst – autores menos políticos do que Euclides, mas que a curadoria de Joselia Aguiar conseguiu “atualizar” de maneira bastante positiva. A curadora da Flip 2019 é a jornalista Fernanda Diamant.

Mas a programação paralela está maior do que nunca e isso é muito bom. Separei, entre as centenas de opções, algumas dicas de mesas e eventos a seguir.

11/7, quinta-feira
13h – Bate-papo com booktubers, com Isa Vichi, Mell Ferraz, Pedro Pacífico e Yuri AlHanati. Booktubers discutem o papel dos canais literários na formação e no incentivo pela leitura. (Casa TAG)

14h30 – Bate-papo com o escritor português José Luis Peixoto, o mais jovem vencedor do Prêmio Literário José Saramago. (Sesc – Areal do Pontal)

19h – Mesa “Feminismos negros”. A escritora e artista portuguesa Grada Kilomba discute o movimento feminista a partir do ponto de vista das mulheres negras. Mediação da jornalista Stephanie Borges. (Casa do IMS)

21h00 – Mesa “Aqui tem um bando de louco?: saúde e loucura no país das fake news”, com Christian Dunker, Gustavo Colombini, Natalia Timerman e João da Matta (Barco Flipei)

12/07, sexta-feira
11h -Mesa “Língua portuguesa e cultura moçambicana”, com o poeta finalista do Prêmio Oceanos, Mbate Pedro (Moçambique) e a escritora Isabel Lucas (Portugal). (Edições Sesc)

12h – Josélia Aguiar, diretora da Biblioteca Mário de Andrade, anuncia o Festival Literário Mário de Andrade. (Casa Paratodxs)

13h – Mesa “Trocando em Miúdos”. José Miguel Wisnik fala sobre a obra de Chico Buarque (Casa Paratodxs)

15h – Mesa “Sobre o autoritarismo”. Lilia Schwarcz, professora do departamento de antropologia da USP, debate as raízes do autoritarismo no Brasil, tema do seu novo livro. (Casa do IMS)

17h – Café literário “Narrativas malandras”, com Reinado Moraes e Giovana Madalosso: a malandragem está mais vida do que nunca na literatura brasileira? (Sesc – Unidade Santa Rita)

18h30 – Mesa com Mário Magalhães e Monica Benicio. O autor de Sobre lutas e lágrimas: Uma biografia de 2018 elencou três protagonistas para o ano que passou, entre eles Marielle Franco. Nesta mesa ele conversa com a arquiteta e ativista Monica Benicio, viúva da vereadora. Casa Libre & Sta. Rita de Cássia.

19h – Mesa “Os desafios do jornalismo em tempos de Lava Jato”. Com Glenn Greenwald, Alceu Castilho, Gregorio Duviver e Sergio Amadeu. Mediação: Sabrina Fernandes (Barco Flipei)

23h59 – O artista português Dino dSantiago, que mistura ritmos tradicionais lusófonos, como a morna e o funaná ao R&B contemporâneo, sobe ao palco da EDP. O músico de origem cabo-verdiana foi o maior vencedor, em 2019, do Play – Prêmios da Música Portuguesa. O show tem participação do músico angolano Kalaf Epalanga. (Praça Aberta, ao pé da ponte do centro de Paraty)

13/7, sábado:
11h – Café literário “Profissão de risco”, com Marcelo DSalete e Germana Viana: os artistas do cartum e das HQs falam sobre seus trabalhos. (Sesc – Unidade Santa Rita)

11h – O grande romance holandês. Mesa com Daniel Dago, Guilherme Gontijo Flores e Flavio Quintale. Lançamento do Max Havelaar, de Multatuli (ed. Âyiné). (Barco Holandês)

12h -Mesa “Narrativas de ficção e não ficção: similaridades e especificidades na construção de histórias”. Com Ayòbámi Adébáyò (Nigéria), autora de Fique Comigo (Harper Collins), Katja Petrowskaja (Ucrânia), autora de Talvez Esther (Companhia das Letras) e mediação de Adriana Ferreira, editora-executiva da revista Marie Claire. (Casa Libre & Santa Rita de Cassia)

15h – Mesa “Reflexões sobre o cinema brasileiro”. Lançamento do livro Um Pensador do Cinema Brasileiro, sobre a trajetória intelectual de Ismail Xavier. Com Ismail Xavier e o crítico de cinema José Geraldo Couto. (Edições Sesc)

17h – Mesa com Giovana Xavier e Conceição Evaristo. Lançamento do livro Você pode substituir mulheres negras como objeto de estudo por mulheres negras contando sua própria história, coletânea de ensaios sobre feminismo negro, representatividade, maternidade e vida acadêmica. (Casa Poéticas Negras)

17h – Mesa “A descolonização do poder”. Com Erica Malunguinho e Zé Celso. Mediação: Jean Tible. (Barco Flipei)

20h às 21h30 – Apresentação do cantor Chico César. No repertório: frevo, xote, samba, forró e reggae. (Ssec – Unidade Caborê)

22h – Especial: Ellen Oléria canta Chico Buarque. Um pocket-show que celebra o cantor, compositor e escritor Chico Buarque, homenageado da Casa Paratodxs. Participação especial da pianista Paola Lappicy. (Casa Paratodxs)

14/7, domingo
12h – Mesa “Samba e amor”. Conversa com Martinho da Vila, que lança 2018 – Crônicas de um ano atípico, mediada por Paulo Lins. (Casa Paratodoxs)

14h – Café literário “O romance como identidade”, com João Cezar Castro Rocha e Ana Maria Gonçalves. As relações identitárias presentes no romance contemporâneo. (Sesc – Unidade Santa Rita)

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