A jornalista Josélia Aguiar será a curadora da Festa Literária Internacional de Paraty em 2018. A informação foi confirmada pela organização nesta quinta-feira, 16. Esta será a segunda experiência de Josélia como responsável pela programação – sua estreia foi em 2017, um ano particularmente difícil para a festa que teve de ser transferida da tradicional tenda para a Igreja da Matriz.
Apesar dos problemas financeiros que, segundo a curadora, afetaram mais a infraestrutura, a Flip entrou para a história por algumas escolhas de curadoria e pelos debates realizados entre os convidados. “O desafio vai ser fazer uma Flip tão forte quanto foi a deste ano”, disse. Ela garante que marca conquistada nesta última edição, de um evento com mais negros, mais mulheres e mais editoras pequenas, é o que vai nortear seu trabalho. “As pessoas comentaram muito que se emocionaram, os temas e os autores eram muito fortes. Repetir essa repercussão vai ser um desafio”.
Entre os convidados da Flip 2017 estavam Scholastique Mukasonga, Diamela Eltit, Marlon James, William Finnegan, Leila Guerriero, Paul Beatty, Edimilson de Almeida Pereira, Beatriz Resende, Carlos Nader, Julián Fuks, Maria Valéria Rezende, Alberto Mussa e Carol Rodrigues.
Josélia começa agora a pensar nos nomes da próxima edição. Suas apostas internacionais deste ano, como ocorreu também nos anos anteriores, não tinham o peso de autores que passaram pela festa em outros momentos, como Eric Hobsbawm, Julian Barnes, Ian McEwan e Amos Oz, mas ela diz que este é um movimento natural.
Havia uma demanda pela vinda desses autores reconhecidos, e eles começaram a vir com a criação da Flip e continuaram vindo para outros eventos, ela comenta. Para a curadora, os nomes apresentados recentemente, como Paul Beatty e Marlon James, ainda vão ser muito falados daqui para a frente. “Eu sabia que estava trazendo autores com muita história. Gente muito consagrada, com muitos títulos, mas não muito divulgados e conhecidos do grande público.”
A Flip 2018 será realizada de 25 a 29 de julho.