Esportes

Flu é forçado a usar plano B e treinará em Santa Cruz de la Sierra nesta quarta

Forçado a usar um plano B de viagem por causa da crise vivida na Bolívia que fechou o aeroporto e as estradas de Sucre, o time do Fluminense desembarcou na noite de terça-feira em Santa Cruz de la Sierra, após embarcar à tarde em voo que partiu do Rio de Janeiro. E a equipe treinará nesta mesma cidade boliviana nesta quarta no último trabalho de preparação para o jogo contra o Nacional Potosí, na quinta, às 21h45 (de Brasília), pela primeira fase da Copa Sul-Americana.

O planejamento inicial traçado pelo clube carioca previa que a equipe faria apenas uma escala em Santa Cruz de la Sierra e depois seguiria para Sucre, cidade onde pretendia treinar na tarde desta quarta. A logística montada também indicava o plano de viajar para Potosí apenas horas antes da partida no estádio Victor Augustín Ugarte, em programação que visava reduzir os efeitos que a altitude de 4.067 metros acima do nível do mar imporá aos seus atletas na cidade do confronto.

Entretanto, o Fluminense se viu obrigado a acionar o seu plano B de viagem por causa da crise enfrentada na Bolívia, motivada por uma disputa por royalties da reserva de gás situada entre os estados de Chuquisaca e Santa Cruz. Devido ao problema, manifestantes fecharam estradas e o aeroporto de Sucre.

Por meio de nota publicada em seu site, o Fluminense disse ter sido informado, apenas no início da tarde de terça-feira, pouco antes de embarcar para a Bolívia, que a Conmebol decidiu manter data e local da partida de quinta. Os problemas que fizeram o clube temer pela segurança dos seus jogadores e sua delegação na Bolívia levantaram a possibilidade de o confronto ser adiado ou transferido para outro local, mas a entidade que dirige o futebol sul-americano assegurou a realização do duelo.

O técnico Abel Braga pretendia que seus jogadores treinassem em Sucre, que fica a 2.810 metros acima do nível do mar, para começarem a se aclimatar à altitude, mas teve de se contentar em ficar em Santa Cruz de la Sierra, que tem somente 416 metros de altitude.

Horas antes do embarque de terça-feira rumo à Bolívia, o diretor de futebol do Fluminense, Paulo Autuori, cobrou da Conmebol uma posição para garantir a segurança da delegação tricolor e até lembrou da tragédia sofrida pela Chapecoense, em 2016, quando o avião que levava o time catarinense caiu nas proximidades do aeroporto de Medellín, na Colômbia, onde a equipe pretendia enfrentar o Atlético Nacional na partida de ida da decisão da Copa Sul-Americana.

O Fluminense venceu o primeiro duelo deste mata-mata contra o Nacional Potosí por 3 a 0, no dia 11 de abril, no Maracanã, e com isso poderá perder por até 2 a 0 no confronto de volta, nesta quinta, para avançar à próxima fase da Sul-Americana.

A equipe brasileira desembarcou em solo boliviano com quase todos jogadores à disposição de Abel para este confronto, no qual terá os retornos do zagueiro Gum e do lateral-esquerdo Ayrton Lucas, que não jogaram no último domingo contra o Vitória, em Salvador, pelo Brasileirão, por causa de dores musculares.

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