O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o governo federal ofereceu cargos na máquina pública em troca de apoio à reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à Presidência do Senado. Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Flávio afirmou, contudo, que vê o movimento como "natural".
"Qualquer governo está exercendo seu papel de buscar voto no Senado Federal. Cabe ao senador avaliar o que é sensível, se troca seu voto por isso", declarou o senador a jornalistas. "Mas eu não critico, não, cada um tem sua responsabilidade", acrescentou.
Para o parlamentar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um discurso de ódio no País e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) extrapolam suas prerrogativas. Ainda assim, Flávio afirmou que a saída para o caso dos magistrados é o diálogo, e não um eventual processo de impeachment, mesmo em caso de eleição de Rogério Marinho (PL-RN) à Presidência do Senado.
O senador declarou que o colega bolsonarista, que concorre ao comando do Senado contra Pacheco, não teria dificuldades com o governo Lula por ser uma pessoa "responsável".
Flávio ainda disse que o pai voltará em algum momento dos Estados Unidos, onde está desde o final de dezembro. "Merece esse momento de paz, sossego e tranquilidade", disse o senador.
<b> Crescimento da candidatura Marinho faz parte do processo </b>
O primeiro-vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), disse acreditar na recondução do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Em sua avaliação, o recente crescimento da candidatura do principal adversário de Pacheco na disputa, Rogério Marinho (PL-RN), faz parte do processo eleitoral.
Segundo ele, mesmo com o crescimento de Marinho, não há risco para que Pacheco seja reconduzido. "Dentro das nossas expectativas, o importante é que confirmemos essa vitória", declarou a jornalistas.
"Pacheco teve um comportamento merecedor para ser reconduzido ao próximo biênio sim", declarou.