O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou, em comunicado na manhã desta segunda-feira, 13, que houve um acordo preliminar no nível de staff sobre a oitava revisão do pacote de ajuda à Argentina. Após o conselho do Fundo dar seu aval, o país deve ter acesso ao desembolso previsto na iniciativa.
Segundo o FMI, a Argentina apresenta desempenho melhor que o esperado em critérios avaliados por ele, com queda na inflação, reconstrução de colchões externos, apoio à recuperação e a manutenção "firme" do programa em andamento.
Para o Fundo, há "esforços continuados em andamento para melhorar a qualidade e a justiça da consolidação fiscal", bem como refinar arcabouços monetário e cambial e enfrentar gargalos ao crescimento.
O FMI considera que as autoridades do país herdaram "uma situação econômica e social muito desafiadora", mas agiram de modo decisivo em um plano de estabilização, baseado em uma âncora fiscal forte, na recusa ao financiamento monetário e em correções de preços relativos, o que gerou um progresso mais rápido que o antecipado para restaurar a estabilidade macroeconômica e levar o programa "firmemente de volta aos trilhos".
O Fundo vê ainda "esforços significativos para elevar o apoio social às mães jovens e crianças vulneráveis e proteger o poder de compra das pensões".
O comunicado ainda afirma que o objetivo de atingir o equilíbrio fiscal geral, sem financiamento líquido do banco central, continua a existir. Na política monetária e fiscal, a prioridade segue a de seguir com o processo de desinflação, fortalecendo as reservas e o balanço do Banco Central da República Argentina (BCRA).
Em uma transição para um novo regime monetário envolvendo competição de moedas, a política monetária continua a ancorar as expectativas de inflação e a política cambial será mais flexível, enquanto restrições e controles cambiais continuam a ser relaxados conforme as condições permitem.