O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomenda que o governo chinês adote medidas de estímulos fiscais e mantenha a política monetária acomodatícia, em um esforço para acelerar a recuperação dos efeitos das rígidas restrições de controle do coronavírus implementadas ao longo do ano passado. Em relatório após missão oficial no país asiático, o FMI destaca que o crescimento econômico chinês desacelerou de forma significativa em 2022, depois de uma "impressionante recuperação" em 2021.
Segundo a instituição, a segunda maior economia do planeta segue vulnerável a novas variantes da covid-19, à redução da demanda global e à crise de liquidez no mercado imobiliário.
Conforme já anunciado na semana passada, o Fundo prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) chinês crescerá 5,2% este ano. A tendência é de que as pressões inflacionárias permaneçam equilibradas no curto prazo, de acordo com a análise.
Nesse cenário, os diretores do FMI concluíram que Pequim precisa seguir com uma política fiscal voltada às famílias e que fortaleçam a proteção social. Também defenderam reformas estruturais que reduzam o setor imobiliário a um tamanho mais razoável e também para aumentar a produtividade.
"Em particular, garantindo a neutralidade competitiva entre empresas privadas e estatais, removendo protecionismo e por meio de uma maior dependência das forças de mercado", ressaltam os diretores, acrescentando que os chineses exercem papel fundamental para lidar com os desafios da comunidade internacional.