Moradora de São Paulo, Tânia Aparecida Gonçalves há mais de 20 anos não tem emprego formal. Ao pedir o auxílio em abril deste ano, descobriu que era dada como morta pelo governo. Ela passou por um périplo para comprovar que estava viva. Revelado pelo <b>Estadão</b> no dia 7 de junho, o caso de dona Tânia só foi resolvido no fim de setembro, quando ela começou a ser receber o benefício.
"Enfrentei muitos problemas, não é melodrama. Eu entrei em depressão. Fiz de tudo: catei latinha, não tenho vergonha, fiz faxina, e vivi de doações de cesta básica", conta sobre o período em que ficou sem o auxílio. "Pedi nos primeiros dias e disseram que eu estava morta. Aí começou a minha saga para mostrar que eu estava viva."
Com esse atraso, a paulistana não deve receber todas as parcelas do auxílio a que teria direito, caso não tivesse havido o erro do governo.
A diretora das Relações Institucionais da Rede Brasileira de Renda Básica, Paola Carvalho, acionou o Ministério Público e a Defensoria Pública para que o benefício de Tânia fosse concedido. "Tudo demorou muito tempo. A dona Tânia teve de ir para rua no meio da pandemia", disse Paola. "As coisas já não estavam bem, aí a gente se vê desesperada, sem nenhum tostão, sem nada", conta Tânia que deve receber a segunda parcela do auxilio dia 27.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>