Por mais que a decisão do prefeito Guti (PSB) de não liberar verbas para a realização do tradicional carnaval de rua possa frustrar alguns setores ligados à cultura, não havia outra opção neste momento. A própria Liga das Escolas de Samba, percebendo as dificuldades financeiras enfrentadas pelo município, compreendeu a decisão e já busca formas alternativas de manter os desfiles, com verbas que deverão vir da iniciativa privada.
Outros carnavais
Nunca é demais lembrar que o ex-prefeito Elói Pietá (PT) tomou a mesma decisão logo que assumiu o cargo no primeiro mandato em 2001, já que considerava que o carnaval de rua não deveria ser uma prioridade do poder público. Ou seja, até mesmo quem hoje se coloca na oposição já tomou a mesma decisão quando esteve do outro lado. Fora que, durante muito tempo, algumas escolas foram mantidas pela Prefeitura como forma de abastecer determinados aliados políticos (partidários) ligados a determinadas comunidades.
Blocos na rua
Também há que se destacar que os blocos de rua vêm ganhando bastante espaço em Guarulhos, a exemplo do que já vem ocorrendo na Capital. São grupos organizados, inclusive em uma nova associação lançada ontem, que andam com as próprias pernas. Eles contam com patrocinadores ou recursos próprios, que custeiam boa parte da festa, reunindo grupos de amigos e famílias para comemorar o carnaval sem qualquer investimento público. No máximo, a administração colabora oferecendo parte da infraestrutura.
Em casa
Conforme esta coluna já havia anunciado ainda em dezembro, o ex-secretário de Transportes e Trânsito de Guarulhos, Atílio José Pereira, que não deixou saudades em Guarulhos, já tinha um novo emprego garantido após sua saída da administração municipal. Ele já atua como novo titular da pasta de Serviços Urbanos na Prefeitura de Hortolândia, vizinha da cidade onde sempre viveu: Campinas.
Convênios acelerados
O convênio da Prefeitura de Guarulhos com a rede bancária, para o recebimento do IPTU, segue muito bem encaminhada e tem tudo para ser viabilizado antes do dia 27, quando os carnês começam a vencer. Se, por algum motivo alheio à vontade da administração municipal (como algum processo burocrático), atrasar o processo, já se estudam formas para que o contribuinte não seja prejudicado.