Cidades

Fora do foco

O vice-prefeito Alexandre Zeitune (Rede), que se apresenta como pré-candidato a governador de São Paulo, terá que mudar de discurso. Até aqui, vangloriava-se de aparecer com 1% das intenções de voto em alguns cenários de pesquisa Datafolha realizada no ano passado. Nesta terça-feira, o Instituto Paraná trouxe novos números da corrida ao Palácio dos Bandeirantes. Enquanto o prefeito paulistano João Dória (PSDB) segue à frente, o nome do guarulhense deixou de figurar nos mais diversos levantamentos realizados. Até pré-candidatos desconhecidos, como Carlos Gianazzi (PSOL) e Luiz Felipe D´Avilla (PSDB), são lembrados. 
 
Não colou
Outro guarulhense que ensaiou entrar na disputa, o ex-prefeito Eloi Pietá, é mais um que não aparece em qualquer cenário do Paraná Pesquisas. Os dois únicos nomes do PT apresentados são do ex-prefeito paulistano Fenando Haddad (com melhor pontuação) e do ex de São Bernardo de Campo e provável candidato, Luiz Marino. Ambos, como sempre ocorre na disputa ao Governo de São Paulo, aparecem mal e com quase nenhuma chance de avançar ao segundo turno. 
 
Desconhecido
Já o vice-governador Márcio França, presidente do PSB e nome certo do partido para a sucessão de Geraldo Alckmin, neste momento aparece longe dos ponteiros. Na análise do Paraná, os baixos números decorrem do fato dele ser pouco conhecido da população do Estado. 92,5% dos pesquisados afirmaram não o conhecer. Como sentará na cadeira de governador em abril, terá a oportunidade de avançar neste quesito rapidamente. Outra aposta é o bom tempo de televisão que terá, graças às alianças que vem firmando para a disputa. 
 
Assunto vencido
Os vereadores inauguraram nesta terça-feira uma nova modalidade de debate: discutir um projeto de lei já aprovado por eles mesmos. Após manifestação na Tribuna Livre de uma empresária, descontente com a aprovação das novas alíquotas do ISS na cidade, ocorrida ainda no ano passado, os oposicionistas de sempre “jogando para plateia”, como bem citou o governista Lauri Rocha (PSDB), na defesa do governo, buscar requentar o tema, numa evidente demonstração de quem não sabe perder. 
 
Equilíbrio 
Entre os ataques insanos disparados pelos opositores de sempre, surge uma voz bastante equilibrada na Câmara Municipal. O vereador Eduardo Barreto (PCdoB) usou a Tribuna nesta terça-feira enaltecendo a necessidade de seus pares terem maior responsabilidade nas palavras que usam para acusar integrantes do governo, já que alguns exageram ao condenar uns e outros, sem ao menos se ater a fatos concretos. “Palavras ao vento são como flechas. Depois que são disparadas não voltam mais”, discursou. 
 
Doutores 
Enquanto isso, vereadores que não têm qualquer formação na área médica, como Romildo Santos (DEM) e Thiago Surfista (PRTB), posam de doutores, apresentando-se como verdadeiros entendidos em saúde pública.  Chegam ao absurdo de querer ensinar profissionais capacitados a conduzir a área na cidade. Sem qualquer embasamento técnico ou teórico, a dupla sobe à Tribuna, apresentando casos isolados apenas para criticar o secretário municipal de Saúde, Sergio Iglesias, ignorando, inclusive, os excelentes resultados apresentados por ele no primeiro ano de gestão. Quando dados concretos são apresentados e os colocam em xeque, a dupla sai pela tangente. 
 
Na lata
Depois que Janete Pietá (PT) fez um discurso criticando a compra de materiais didáticos pela Secretaria de Educação, Cultura, Esportes e Lazer, no final do ano passado, cujos dois fornecedores era de uma mesma cidade no interior de São Paulo, como se tratasse de um crime hediondo, praticado por Guti (PSB), Geraldo Celestino (PSDB), vice-líder da base governista, acertou-a na orelha (de forma figurada). Disse que isso deve ter alguma razão e que a administração saberá explicar. Aproveitou para lembrar que na gestão do marido dela, Elói Pietá (PT), havia duas empresas que gerenciavam todos os shows promovidos pela Prefeitura de Guarulhos. 
 
Boca fechada
Ao investigar a “coincidência”, Celestino descobriu que as duas empresas estavam instaladas no mesmo endereço, no bairro da Bela Vista, na Capital. Uma era do ator Sergio Mamberti e a outro de seus filhos. O caso foi levado ao Ministério Público, virou inquérito e culminou na condenação de todos os envolvidos. “Como é fácil ser oposição, não é Janete? Fala-se qualquer coisa. Mas quando vocês eram governo agiam bem diferente”. Por incrível que pareça, a vereadora – que adora um microfone – ficou quietinha, sem retrucar seu opositor. 
 

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