A Força Sindical vai se juntar aos escritórios de advocacia que representam acionistas minoritários da Petrobras e também vai recorrer à Justiça contra a administração da estatal. A entidade vai reclamar as perdas sofridas pelos trabalhadores que investiram suas economias do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em ações da petroleira.
A Força Sindical avalia que os trabalhadores pagaram um valor irreal pelas ações, já que, como vêm demonstrando investigações policiais, os ativos da companhia estão superfaturados. Denúncias feitas pelo ex-diretor de abastecimento e delator na Operação Lava Jato da Polícia Federal, Paulo Roberto Costa, evidenciam que os grandes projetos custaram mais à empresa do que deveriam. Com isso, o lucro nos últimos anos foi menor e foi pago menos dividendo aos acionistas do que deveria. Além disso, o desvio de recursos causou distorções no valor de mercado da Petrobras.
O modelo da ação ainda está sendo desenhado pelos advogados da Força Sindical. É possível que o processo corra no Supremo Tribunal Federal (STF), informou a assessoria de imprensa do sindicato. A intenção é promover uma ação coletiva para tentar recuperar as perdas dos trabalhadores. Para aderir à ação, os trabalhadores terão que assinar um termo de manifestação de interesse em participar do processo.
Na segunda-feira, o escritório de advocacia norte-americano Wolf Popper entrou com ação contra a Petrobras em um tribunal do distrito de Nova York, em nome de investidores que compraram recibos de ações no período de maio de 2010 a 21 de novembro de 2014. Hoje, já chega a seis o número de escritórios de advocacia que recorreram à Justiça para que acionistas sejam ressarcidos de perdas financeiras.