Após ataques aéreos norte-americanos contra posições de insurgentes islâmicos, uma operação coordenada por milícias xiitas, civis locais e o exército iraquiano recapturou a cidade de Amirli, que há dois meses estava cercada por rebeldes que mantinham em estado crítico sua população.
Os combatentes de Amirli agradeceram as milícias por ajuda-los a romper o cerco à cidade, com 17 mil pessoas na maioria de uma minoria xiita do Turcomenistão, já famintas, sem acesso à água e sofrendo de uma série de doenças. Em nota à rede de TV Iraqiyya, um porta-voz do exército do Iraque, general Qassim Atta, declarou que a cidade está liberta dos insurgentes islâmicos sunitas.
A recaptura da cidade ocorreu horas após forças aéreas internacionais comandadas pelos Estados Unidos terem ontem lançado suprimentos, uma expansão modesta das operações militares norte-americanas na região. Os aviões norte-americanos também atacaram forças do grupo Estado Islâmico, em conjunto com a operação distriuição aérea de suprimentos, disse o Pentágono.
Se as tropas iraquianas e as milícias forem bem sucedidas em manter os insurgentes do Estado Islâmico afastados de Amirli, a missão representará outra historia de sucesso nos ataques aéreos conduzidos pelos Estados Unidos com intenção de evitar crise humanitária no Iraque, desde que o exército deixou o Iraque no final de 2011.
A missão ocorre também em meio a discussões na administração Obama sobre se deve ser expandida ou não os ataques a alvos do Estado Islâmico no Iraque e sobre uma nova incursão na Siria, país vizinho e onde se encontra a maior parte dos rebeldes do grupo.