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Fortes chuvas causam quedas de árvores e até de postes pela cidade

Os bairros mais afetados foram Água Azul, Cumbica, Jardim Acácio, Jardim Aracília, Jardim Okoyama, Jardim São Domingos, Jardim São João, Malvinas, Marcos Freire e Sítio São Francisco

As fortes chuvas que atingiram Guarulhos desde a noite da última segunda-feira provocaram grandes estragos em diferentes localidades. As principais ocorrências foram quedas de árvores, postes e enchentes em diversos bairros. A estação agroclimatológica da Universidade de Guarulhos registrou 27,3 milímetros.

No Cabuçu, a avenida Silvestre Pires de Freitas amanheceu interditada por agentes da Secretaria de Transportes e Trânsito (STT) graças a duas árvores que desabaram e levaram junto três postes para o meio da via.

Segundo a Defesa Civil, foram registradas 15 ocorrências. Os bairros mais afetados foram Água Azul, Cumbica, Jardim Acácio, Jardim Aracília, Jardim Okoyama, Jardim São Domingos, Jardim São João, Malvinas, Marcos Freire e Sítio São Francisco.

No Cabuçu três postes com suas estruturas retorcidas caíram após as árvores tombarem sobre a rede elétrica. Segundo moradores da região, a chuva, que começou a cair no final da tarde, chegou ao ápice quando ocorreu uma forte rajada de vento que culminou na queda das árvores.

O coveiro Diogo da Silva, 49, reside em frente à via e presenciou o momento do desastre. "Foi uma corrente de ar muito forte, corri para tentar fechar a porta, mas não conseguia. As telhas da minha garagem voaram por mais de 300 metros de distância da casa e pararam dentro de um matagal existente nas proximidades", relatou.

Silva afirma ter trabalhado até 1h da madrugada retirando os pedaços de telhas de seu terreno e tentando minimizar os estragos, como aconteceu com seu muro, que cedeu com a queda das árvores. "A Bandeirante só veio agora de manhã e a Defesa Civil nem deu as caras. Os fios entraram em curto-circuito e dava cada estralo que assustava. Pareciam fogos de artifício", completa.

Teto de moradia desaba logo depois de temporal intenso

Já o motorista Eronildo Santos, 65, conta que já solicitaram a poda das árvores, mas não foram atendidos. "É uma burocracia muito grande. Como dizem que não podem derrubar, agora que o Meio-Ambiente arque com o prejuízo", desabafa. "Guarulhos é esquecida. Se eu procurar ajuda em Pernambuco é mais fácil", ironiza.

No Jardim São Domingos, a analista de contas, Maria Aparecida Martins, 40, conta que duas árvores grandes também desabaram na rua Ibitinga deixando a população da região sem luz. Até às 16h de ontem, a energia não havia sido restabelecida.

Já na comunidade São Judas Tadeu, na Cidade Satélite de Cumbica, o teto de um barraco desabou e os moradores perderam roupas, móveis e telhados com nova cheias do córrego local, em travessa da avenida Guinle. "O local virou um rio. Depois de terça-feira retrasada, os moradores aumentaram as muretas nas portas, mas a água entrava pelo piso", descreve a dona de casa Cristina Aleixo, 25.

A Defesa Civil ainda informou que 74 famílias foram atendidas com 309 itens de doação. No Malvinas, 40 casas foram destelhadas e receberam colchões, cobertores e lonas plásticas para coberturas provisórias. Já no Jardim Okoyama, houve um risco de desabamento de três residências e a queda de uma árvore sobre a Estrada dos Veigas, mas não houve vítimas.

Medições – Segundo o técnico da estação agriclimatológica da Universidade de Guarulhos, Alexandre Coutinho, houve uma redução no nível de chuvas depois da noite de segunda-feira. Pela manhã, caíram 3 milímetros de chuva e das 10h às 16h de ontem, foram registrados 8,6 mm. "Agora começam os eventos de chuvas de verão, com a evolução das nuvens referentes ao forte calor. São chuva que comumente registram este volume maior.

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