A forte chuva que caiu sobre São Paulo entre a noite deste domingo, 9, e a manhã desta segunda-feira, 10, causou alagamentos e desabamentos, deixou motoristas ilhados e veículos submersos, interditou estações de ônibus, provocou a formação de filas no metrô e fez escolas cancelarem as aulas. O metrô opera normalmente, a linha 8 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) estava paralisada às 10h45 e o rodízio para carros e caminhões está suspenso. A orientação é para que as pessoas não saiam de casa.
Importantes vias da cidade estão interditadas, como as Marginais Pinheiros e Tietê, em vários trechos, Avenida Braz Leme (zona norte), Avenida Olavo Fontoura (zona norte), Avenida Santos Dumont (região central), Avenida Dr. Gastão Vidigal (zona oeste) e Avenida Dr. Chucri Zaidan (zona oeste).
Bombeiros fazem o resgate de motoristas que estão ilhados, usando botes e também helicópteros. Motoristas que não conseguiram sair a tempo de um caminhão subiram no teto para aguardar socorro. Veículos comuns estão submersos. Há locais em que a água subiu quase 3 metros.
A estação Palmeiras-Barra Funda (zona oeste) está lotada nesta manhã. Os passageiros conseguem chegar de metrô até o local, mas ficam presos na estação porque os ônibus estão parados. Há aglomeração no entorno. Os aeroportos operam normalmente.
Segundo Marcos Palumbo, portal-voz do Corpo de Bombeiros, até a manhã desta segunda, a corporação recebeu mais de 4 mil ligações, que resultaram em 300 ocorrências. Foram registrados ao menos 35 deslizamentos de terra na cidade. Não há informações sobre mortos.
<b>Aulas</b>
As aulas estão mantidas nas redes municipal e estadual de ensino. Já as escolas particulares adotaram medidas diferentes. Parte decidiu manter as portas abertas para receber os alunos que conseguiram chegar, mas há unidades que suspenderam o funcionamento nesta segunda-feira, como o Colégio Santa Cruz, na Vila Leopoldina, que amanheceu coberto pela água. A recomendação é telefonar para a escola para entender se haverá ou não aula, lembrando que a orientação dos bombeiros é para que as pessoas não saiam de casa.
As piscinas da parte social da sede do São Paulo Futebol Clube, no Morumbi, na zona sul, estão cobertas de lama. A direção do clube ainda não se manifestação.
Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura de São Paulo, em fevereiro já choveu 180 mm – o esperado para o mês são 216 mm. A previsão é de que a chuva continue ao longo do dia.
O temporal e os alagamentos mobilizam as redes sociais nesta manhã. Enquanto internautas mostravam os estragos causados pela chuva perto de casa ou no caminho do trabalho, outros comemoravam o fato de não conseguir sair de casa.