Uma espada da Idade Média desapareceu em Rocamadour, no sul da França, onde estava cravada havia 1.300 anos na parede de uma rocha a cerca de 10 metros do chão. A hipótese é que a relíquia, conhecida como Durandal, foi roubada, segundo informações do jornal britânico <i>The Independent</i>.
A Durandal teria pertencido, segundo a tradição local, a Roland, um lendário paladino que lutou no exército do rei Carlos Magno. A arma era considerada indestrutível, ainda de acordo com a tradição.
Para a prefeita de Rocamadour, Dominique Lenfant, a espada é uma referência para os moradores e visitantes da região. "Vamos sentir falta de Durandal. Ela faz parte de Rocamadour há séculos e não há um guia que não a mencione durante as visitas", afirmou ao jornal local <i>La Dépêche</i>. "Rocamadour sente que foi roubada de uma parte de si mesma. Mesmo que seja uma lenda, os destinos de nossa vila e desta espada estão entrelaçados."
<b>A lenda da espada Durandal</b>
No poema do século XI "La Chanson de Roland" (normalmente traduzido como "A Canção de Rolando"), a espada é descrita com poderes mágicos, como tendo um dente de São Pedro, o sangue de São Basílio e o cabelo de São Dinis.
A lenda medieval diz que Carlos Magno recebeu a arma de um anjo. A arma é repassada para Roland, sobrinho de Carlos Magno. Pouco antes de sua morte, na Batalha de Roncevaux Pass, ele heroicamente tenta quebrá-la em uma rocha para impedir que caísse nas mãos do exército rival. Segundo o poema épico, após ser lançada no ar, a arma viajou centenas de quilômetros até cair e ser cravada no penhasco em Rocamadour.