Internacional

França inicia ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria

A França realizou os primeiros ataques aéreos na Síria contra o grupo extremista Estado Islâmico na madrugada deste domingo, disse o escritório do presidente francês, François Hollande.

Os ataques ocorreram duas semanas depois do país ter iniciado voos de reconhecimento para identificar potenciais alvos. Os ataques foram coordenados com a coalizão liderada pelos Estados Unidos, disse o gabinete do presidente.

No início deste mês, Hollande disse que a França estava pronta para atacar o Estado Islâmico na Síria após evidências que levaram os serviços de inteligência franceses a acreditar que grupos islâmicos na Síria estavam preparando ataques terroristas em solo francês.

“Vamos atacar cada vez que nossa segurança nacional estiver em jogo”, disse o escritório do presidente.

Em seu discurso no início de setembro, Hollande havia descartado o envio de tropas à Síria, pois ele não queria fortalecer o presidente sírio, Bashar Assad. No entanto, Hollande anunciou em seguida uma mudança na estratégia por causa da crescente preocupação com a crise de refugiados da Síria.

O presidente francês, que foi para os EUA para a Assembleia Geral da ONU, também destacou a importância de procurar uma solução política para a Síria.

“Mais do que nunca, a urgência está colocando em prática uma transição política, incluindo elementos da oposição e do regime de Assad”, disse Hollande.

A França manteve-se oposta, no entanto, às sugestões diplomáticas recentes
permitindo que Assad permaneça no poder por um tempo limitado.

O governo francês tem insistido que embora faça parte da coalizão liderada pelos EUA, a França irá decidir quem atacar de forma independente.

No dia 7 de setembro, Hollande anunciou que a França iria iniciar ataques aéreos, dias após a divulgação da foto de um menino sírio de 3 anos morto na praia ter chocado o mundo.

Em sua declaração neste domingo, Hollande disse que “as populações civis devem ser protegidas contra todas as formas de violência, desde o Estado Islâmico até os bombardeios assassinos de Bashar Assad”. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press

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