O papa Francisco pediu novamente nesta segunda-feira que a comunidade internacional tome alguma atitude em face dos recentes massacres de cristãos em diversas partes do mundo e disse: “não desviem o olhar”. O pontífice tem denunciado com frequência ultimamente os extremistas islâmicos que atacaram cristãos em partes da Ásia, do Oriente Médio e da África.
Em uma mensagem a peregrinos e turistas na Praça de São Pedro, Francisco elogiou os que “sensibilizam a opinião pública acerca da perseguição de cristãos pelo mundo”.
Ainda que o papa não tenha indicado uma campanha em particular, ele exortou a “participação concreta e a ajuda tangível na defesa e proteção dos nossos irmãos e nossas irmãs que são perseguidos, exilados, assassinados e decapitados somente por serem cristãos”.
Em sua mensagem da Sexta-Feira Santa, o papa denunciou o que chamou de “silêncio cúmplice” de quem não responde aos ataques dos cristãos.
“São nossos mártires de hoje, e são muitos. Podemos dizer que são mais numerosos que os dos primeiros séculos”, afirmou Francisco.
“Espero que a comunidade internacional não permaneça muda e inerte ante semelhantes crimes inaceitáveis, que constituem uma erosão preocupante dos direitos humanos mais elementares. Realmente espero que a comunidade internacional não lhes desvie o olhar”, disse o pontífice à multidão, a partir de uma janela do Palácio Apostólico.
O avanço dos milicianos do Estado Islâmico tem obrigado que as antigas comunidades cristãs a fugir do Iraque, e Francisco tem se esforçado para transmitir-lhes a solidariedade da Santa Sé.
No Domingo de Páscoa, o cardeal Fernando Filoni celebrou uma missa em uma zona curda do Iraque e na véspera encabeçou as orações em um campo de refugiados em Irbil. Fonte: Associated Press.