Variedades

Franz Ferdinand aponta para o futuro

De tão frequente na cidade, a banda escocesa Franz Ferdinand já ganhou um ditado. “Nunca houve um show ruim do Franz Ferdinand.” É, claro, um exagero. Mas acontece que nas oito vezes anteriores que estiveram pela cidade de São Paulo, Alex Kapranos e companhia entregaram apresentações suadas, boas para se dançar, como já indicava o cartão de visitas da banda ao surgir o hit Take me Out (um rock matemático, de batidas marcadas e convidativo para remexer os quadris), lá em 2005. Prestes a realizar a sua nona performance na cidade (no show Popload Gig, a ser realizado nesta sexta-feira, 12, no Tom Brasil, a partir das 21h), o vocalista do grupo, cujo lançamento mais recente se chama Always Ascending, o primeiro álbum desde a saída do guitarrista Nick McCarthy, em 2016, discorda do dito popular a respeito da sua banda.

“Nosso primeiro show em Londres”, ele relembra. “Eu odiei”, ele dá ênfase na última palavra. Na ocasião, ele recorda, “estávamos acostumados a tocar em armazéns transformados em palcos ilegais em Glasgow”. E, ali, no início da década passada, o grupo se apresentou em um clube londrino chamado Cherry Jam para “uns 40 executivos de gravadoras”. “Não gostamos do lugar, cinco libras por um gin e tônica? Não havia ninguém que não fosse dessas gravadoras. Caras de gravadoras podem ser ótimas pessoas, mas, em geral, formam péssimas audiências.” Para piorar, ao final da apresentação, o Franz Ferdinand ouviu, de um dos executivos, que o grupo era “muito funkeado para fazer sucesso, hahaha!”.

“Então, sim, nós já fizemos um show ruim”, encerra Kapranos. Centro gravitacional da nova turnê, Always Ascending, o grupo se colocou a começar de novo. Sem criar problemas com o passado, garante Kapranos, mas se dando liberdade para buscar o som que lhe satisfaça atualmente. Com isso e a saída de Nick, o grupo incorporou Julian Corrie (teclado) e Dino Bardot (guitarra). “Eles possuem uma energia incrível.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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