Etiene Medeiros foi o grande nome brasileiro das eliminatórias da natação nesta sexta-feira nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. A pernambucana se classificou para duas finais. Passou como terceira melhor dos 100m costas e, uma hora depois, mesmo cansada, bateu provisoriamente o recorde da competição nos 50m livre – depois superado com folga por uma atleta de Bahamas. Com 24s75, Etiene assumiu o 11.º lugar do ranking mundial. De 15 possibilidades, o Brasil avançou para a final em 12. Guilherme Guido (100m costas) e Felipe França (100m peito) fizeram as melhores marcas da manhã nas respectivas provas.
Para fechar um longo dia de eliminatórias, na última série da manhã, Bruno Fratus passou à final dos 50m livre com o quinto melhor tempo, apenas. O brasileiro reclamou que a largada foi dada enquanto ele não estava preparado. “Acho que o árbitro estava mais ansioso que a gente”, reclamou Fratus, depois, ao SporTV, irritadíssimo.
Fratus, cujo tempo de reação foi de 0s83 (contra 0s13 do norte-americano Cullen Jones, que nadou a segunda série), terminou a prova em 22s33. Nicholas Santos também acabou prejudicado. Com 22s74, ficou em 12.º e fora da final.
A manhã começou com Etiene vencendo sua série nos 100m costas. A marca (1min00s74) acabou por deixar a brasileira com o terceiro melhor tempo das eliminatórias. A norte-americana Olivia Smoliga bateu o recorde da competição, com 1min00s35, e indicou que é favorita ao ouro. Também brasileira, Natalia de Luccas decepcionou. Com 1min01s89, ficou em nono, fora da final.
Em seguida, na prova masculina, Guilherme Guido fez o melhor tempo das eliminatórias: 54s04. O brasileiro, com essa marca, assumiu o 23.º lugar do ranking mundial e ganhou moral para a final, à noite. Thiago Pereira estava inscrito, mas, conforme já se sabia, não apareceu para nadar. Vai descansar para os 200m medley e o 4x100m medley, no sábado.
Dona já de três medalhas no Pan, Manuella Lyrio foi a terceira mais rápida das eliminatórias dos 400m livre, com 4min15s38. Carolina Bilich, depois de estrear no Pan com o 10.º lugar na maratona aquática, no fim de semana, caiu na piscina pela primeira vez para avançar à final, com 4min16s92, no sétimo lugar.
Outro que vem bem no Pan, com um ouro e um bronze em provas individuais, Leonardo de Deus fecha sua participação em Toronto nos 400m livre e quer a prata. Nas eliminatórias, fez o segundo melhor tempo (3min50s58). Mas Lucas Kanieski vacilou e perdeu a oitava vaga na final. Terminou em nono, com 3min53s80.
Olhando o histórico do País, no entanto, o melhor resultado da manhã veio nos 100m peito para mulheres. Tanto a jovem Jhennifer Conceição, revelação do Flamengo, quanto Beatriz Travalon nadaram na casa do 1min08s. Desde 2009, quando os trajes tecnológicos eram permitidos, nenhuma brasileira quebrava tal barreira. Ambas vinham nadando na casa 1min10s ou 1min11s.
Ambas foram premiadas com vagas na final. Jhennifer com o quinto tempo (1min08s75), com Bia em sétimo (1min08s99). A norte-americana Katie Meili baixou em mais de dois segundos o recorde do campeonato e, com 1min05s64, assumiu o segundo lugar do ranking mundial.
Felipe França também bateu recorde dos Jogos Pan-Americanos, nos 100m peito, com 59s84. Foi o único a quebrar a barreira do minuto. Na final, deve travar batalha pelo ouro contra Felipe Lima, que se poupou e foi o terceiro melhor da manhã (1min00s57), atrás também de um colombiano.
Nos 50m livre feminino, uma chuva de recordes. Se nunca uma atleta havia nadado abaixo dos 25 segundos em Jogos Pan-Americanos, nesta sexta-feira foram cinco. Primeiro Etiene (24s75), depois Graciele Hermmann (24s97), também classificada para a final. Mas, na última série, Arianna Vanderpool fez incríveis 24s31. A atleta de Bahamas é a quarta melhor do mundo.
Para fechar um longo dia de eliminatórias, Bruno Fratus passou à final dos 50m livre com o quinto melhor tempo, apenas. O brasileiro reclamou que a largada foi dada enquanto ele não estava preparado. “Acho que o árbitro estava mais ansioso que a gente”, reclamou Fratus, depois, ao canal SporTV, irritadíssimo.