Bruno Fratus conquistou neste sábado a medalha de prata nos 50 metros livre no Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste. O brasileiro só não foi melhor do que o norte-americano Caeleb Remem Dressel, um dos fenômenos da competição disputada na Hungria, na prova mais veloz da natação. Cesar Cielo terminou na oitava e última colocação da final.
Para chegar ao vice-campeonato mundial, Fratus precisou cravar o melhor tempo de sua carreira na distância: 21s27. Dressel, o campeão, marcou 21s15, ainda distante do recorde mundial (20s91), registrado por Cielo no fim de 2009, ainda na era dos supermaiôs. Na final deste sábado, o recordista bateu apenas em oitavo, com 21s83. Ele acabou fazendo tempo pior do que na semifinal, quando marcou 21s77.
O feito de Fratus marcou a quinta medalha brasileira nesta edição do Mundial. “Já estou até sem voz. Acabou o pesadelo que foi o Rio-2016, só isso”, desabafou o medalhista de prata, em entrevista ao Sportv. Fratus era uma das poucas esperanças de medalha brasileira na Olimpíada, porém terminou a final dos mesmos 50m livre na sexta colocação, longe do pódio.
“Finalmente eu melhorei meu tempo, é a melhor competição da minha vida. Estou muito feliz pelo meu tempo. Gostaria de ter ganho, claro. Mas é que o cara é um monstro”, disse Fratu, referindo-se Caeleb Dressel. “Mas estou me sentido muito bem pelo meu tempo. Também estou agradecido por ter um cara que nem ele, muito motivado e botando o nível para cima, nesta prova.”
Mesmo longe do pódio, Cielo comemorou a participação na final. “Eu nadei o melhor que eu tinha. Não é um resultado que eu gostaria em relação ao tempo. Queria ter andado um pouco mais rápido que isso. Meus objetivos neste Mundial eram subir ao pódio e entrar na final do 50m livre”, disse o nadador, que faturou a prata com o revezamento 4x100m livre no domingo passado.
Para o atleta, a disputa da final teve gosto de renascimento em sua carreira. “É uma temporada de cada vez, se tivesse dado errado aqui eu talvez repensasse tudo. Vamos continuar, tentar mais um pouco. Enquanto eu achar que estou ajudando a equipe, o revezamento, vou estar no meio. Quando eu ver que não está dando mais, aí vamos ver”, disse Cielo, sobre seu futuro.
O dono dos recordes mundiais dos 50m e 100m livre vive sua melhor fase desde o ouro nos 100m livre do Mundial em piscina curta, em dezembro de 2014. Depois disso, Cielo passou por muitos problemas. Em 2015, deixou o Mundial de Kazan com uma lesão no ombro. No ano passado, não conseguiu a vaga para os Jogos do Rio.
Tirou, então, um período sabático para curtir a família. Em fevereiro, anunciou a volta às piscinas ao retornar ao Esporte Clube Pinheiros. A vaga no Mundial de Budapeste veio após boas performances no Troféu Maria Lenk deste ano.