O poeta Frederico Barbosa foi surpreendido, na segunda-feira, 18, com a informação de que não era mais o diretor da Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos. No posto desde 2004, quando no número 37 da Avenida Paulista ficava apenas um casarão abandonado, ele foi demitido pela Poiesis, organização social responsável pela gestão da Casa das Rosas e também pela administração da Casa Guilherme de Almeida, de 15 Oficinas Culturais do Estado e de cinco Fábricas de Cultura. Ironicamente, foi Frederico Barbosa quem fundou a Poiesis e foi seu diretor executivo entre 2008 e 2011, ele comenta.
“A decisão faz parte de processo de revisão de estruturas que se inicia nos equipamentos gerenciados pela Poiesis”, diz a OS em nota enviada ao Estado. Para 2016, seu orçamento, aprovado pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, é de R$ 5.424.251. Não muito diferente do de 2015: R$ 5.943.066.
“Fico com o sentimento de que não adianta nada contribuir para a cultura neste país. Quando os poderosos querem, eles arrumam formas de derrubar quem faz”, comentou o ex-diretor, que seguirá com as aulas de redação no Colégio Equipe. Ele diz que, quando chegou, não havia nem móveis na casa. “Hoje, 160 mil pessoas passam por lá todos os anos. Temos um curso de formação de escritor com 30 vagas, mas que recebe 900 inscrições. Não é pouca coisa.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.