s candidatos mais bem colocados na disputa ao governo do Estado do Rio de Janeiro evitaram se associar aos presidenciáveis no primeiro programa eleitoral exibido na televisão nesta sexta-feira, 26. Cláudio Castro (PL), Marcelo Freixo (PSB) e Rodrigo Neves (PDT) – que aparecem à frente nas pesquisas – sequer citaram os nomes de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL) e Ciro Gomes (PDT), postulantes ao Palácio do Planalto apoiados por seus partidos.
Empossado governador do Rio após o impeachment de Wilson Witzel, Cláudio Castro usou o primeiro programa eleitoral para falar sobre realizações de seu governo durante os dois anos e meio em que esteve à frente do Palácio Guanabara e para se apresentar aos eleitores fluminenses. Sob o lema "Quem é esse cara?", a peça publicitária cita medidas tomadas por Castro em áreas como economia, saúde e na área social.
"Eu assumi o governo do Rio no meio de uma crise política, misturada com uma crise da saúde provocada pela covid e ainda uma crise econômica grave. O Rio estava quebrado e milhares de pessoas passando dificuldade", afirma Castro, sem citar seu antecessor Wilson Witzel, de quem foi eleito vice.
Já Freixo cita potencialidades do Rio de Janeiro, como o petróleo, que serão foco em um eventual governo. O pessebista diz que o setor será uma das prioridades do Estado. Em um aceno à parcela mais conservadora da população, ele diz ainda que para combater a violência no Rio é necessário "polícia botando bandido na cadeia" e "educação".
"A violência são dois braços: um braço é a polícia botando bandido na cadeia e o outro braço é educação. No final do meu governo, nosso governo será conhecido como o governo da educação", diz.
Do outro lado da Baía de Guanabara, Rodrigo Neves, ex-prefeito de Niterói, usou o tempo do primeiro programa para se apresentar aos eleitores do Estado. Conhecido pela gestão à frente de Niterói, o candidato citou melhorias em indicadores da cidade durante sua gestão. Neves trabalha para se tornar mais conhecido pelos eleitores fora da Região Metropolitana.
"O Estado do Rio é o maior desafio de administração do país. Há dez anos atrás, Niterói também era um grande desafio depois da tragédia do Morro do Bumba. Agora é hora de trabalhar pelo povo do nosso Estado", diz.