Com mais de 65% dos votos contados em todas as províncias da África do Sul, o partido Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês)) contabiliza pouco menos de 42% dos votos nacionais, na apuração referente à eleição realizada na última quarta-feira, 29,. O resultado parcial indica uma forte queda ante os 57,5% conquistados no pleito de 2019. O ANC se manteve por 30 anos, desde o fim do regime Apartheid, no governo.
A comissão que conduz o processo eleitoral afirmou que os resultados finais serão anunciados até domingo, 2. Todos os partidos indicaram que esperariam os números finais antes de entrar no debate sobre coalizão. A partir de agora, o foco concentra em quem o ANC poderia abordar para governar, em conjunto, a economia sul-africana, caso perca os votos da maioria.
Se o ANC vier a perder, isso complicaria a atual gestão do presidente Cyril Ramaphosa, já que para eleger um chefe do Executivo, os sul-africanos votam em partidos nas eleições e, só depois, o presidente é escolhido no Parlamento. Em caso de derrota, o governista precisaria da ajuda de outros partidos para reeleger Ramaphosa em um eventual segundo mandato.
Na disputa, há três outros principais partidos, os quais são oposição centrista, sendo eles a Aliança Democrática, os Combatentes da Liberdade Econômica de extrema esquerda e o novo Partido MK liderado pelo ex-presidente da África do Sul, Jacob Zuma.