A Fórmula 1 anunciou que, em decisão tomada em conjunto com a FIA e as equipes, não realizará o Grande Prêmio da Rússia após a invasão das forças armadas do país invadirem a Ucrânia neste semana. "É impossível realizar o Grande Prêmio da Rússia nas atuais circunstâncias", diz a organização em nota sobre a edição na cidade de Sochi, que seria disputada em setembro.
Na quinta-feira, o piloto Sebastian Vettel fez questão de se posicionar sobre a crise militar e diplomática e foi duro em suas declarações. O presidente da associação de pilotos da Fórmula 1 (GPDA) disse que não disputaria o GP em protesto por ver "pessoas inocentes perdendo vidas por razões estúpidas."
"Acordei esta manhã chocado com as notícias. É horrível ver o que está acontecendo", lamentou o tetracampeão mundial, da Aston Martin. "A minha opinião é que não devemos ir, e decidi que não vou. Acho que é errado correr naquele país (Rússia). Lamento muito pelas pessoas inocentes que estão perdendo a vida, sendo mortas por razões estúpidas sob uma liderança muito estranha e louca."
A decisão da Fórmula 1 vai de encontro com de outras entidades esportivas de retirar eventos esportivos da Rússia. A Uefa trocou a cidade da final da Liga dos Campeões de São Petersburgo para Paris, no Stade de France, no dia 28 de maio.
A Fifa também vai tratar do calendário dos jogos das seleções que disputarão a repescagem para a Copa do Mundo deste ano, no Catar. Polônia, Suécia e República Checa descartaram jogar partidas na Rússia. O presidente Gianni Infantino adotou um discurso em que pede pelo diálogo construtivo e evitou tomar decisões que afetem os jogos.