Cidades

Fumaça no Inocoop ainda não tem prazo para extinguir

O forte cheiro de mato queimado e a grande quantidade de fumaça continuam tomando o bairro do Inocoop, mesmo com a ação diária da defesa Civil do município. Há mais de duas semanas, o Guarulhos HOJE publicou matéria mostrando a indignação de moradores que não agüentam mais conviver com o forte cheiro dentro de suas casas.

A causa da fumaça, como já revelado pela reportagem no início deste mês, é a combustão da turfa, uma vegetação de área de várzea em decomposição misturada com argila e areia. O fogo é subterrâneo e surge por causa de algum incidente causado pelo homem ou pela própria emanação de gases da vegetação. "Sabe o carvão em brasa quando se faz churrasco?É isso o que está acontecendo. A turfa está entre uma camada de argila e óxido de ferro que é extremamente propício para sua combustão", dosse a geóloga da secretaria de Meio Ambiente, Rejane dos Santos Silva. "Estamos mapeando os focos para tentar eliminar a alimentação da brasa. Não temos como prever um tempo para que o problema acabe", completou.

A Defesa Civil informou que está monitorando o terreno, e também, seguindo a medida preventiva da Cetesb, que é de mexer e encharcar o solo periodicamente para conter os focos. A Prefeitura informou que toda a ação está sendo coordenada pela Defesa Civil de Guarulhos com apoio do Sistema Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Secretaria do Meio Ambiente, Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros e a Cetesb. "Muitos moradores nos procuram perguntando se a fumaça é tóxica. Como toda fumaça, ela causa certa irritação e acaba sendo tóxica. Mas não é uma fumaça química. Tanto que começamos a jogar água nos focos de incêndio somente após a Cetesb informar que o causador da fumaça era material orgânico", explicou Rejane.

Questionada, a Coordenadoria de Defesa Civil de Guarulhos esclareceu que está atuando no terreno localizado na avenida Francisco Xavier e conhecido como Fazenda do Tadeu ou Martelo para tentar solucionar o problema que está sendo causado pela turfa. "O fogo da turfa não é um fenômeno raro, mas o que estamos vendo é que a área que está queimando em Guarulhos é extensa. Por isso estamos monitorando todos os dias, revirando e molhando a terra", concluiu a geóloga.

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