O funcionário público Edio Correa Filho, de 50 anos, é o candidato que aparece com o maior volume de doação de campanha, de acordo com a segunda prestação de contas apresentada pelos partidos ao Tribunal Superior Eleitoral – arrecadou R$ 251.187.500, o dobro do que a campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff recebeu.
Conhecido como Edio Neguinho, ele pleiteia uma vaga de deputado estadual pelo Partido Progressista. Declarou que não tinha bens e pretendia gastar R $ 4 milhões na campanha. Suas página no Facebook recebeu 133 curtidas. Ali, sua única plataforma é a defesa de um cartório e de um Rio Poupa Tempo, programa do governo do estado que permite o acesso a diversos serviços num só espaço – desde emissão de carteiras de identidade e trabalho à regularização de dívidas com IPTU é IPVA – para o bairro de Santa Cruz, zona oeste do Rio.
O maior doador de campanha é o deputado federal Júlio Lopes, candidato à reeleição também pelo PP. Ele aparece como tendo repassado R $ 251.185.000 ao correligionário. A assessoria de Lopes diz que houve erro. O deputado federal teria doado apenas um cheque de R $ 5 mil. As outras doações foram de material conjunto de campanha – panfletos, cartazes, faixas. Para a assessoria de Lopes, ao registrar ter recebido material de R $ 890, a equipe de Edio teria digitado zeros a mais, totalizando R $ 89 milhões, por exemplo.
O candidato a deputado estadual não foi localizado pela reportagem e não retornou o contato feito por seu perfil no Facebook.