A morte daquele que é considerado por muitos o maior boxeador de todos os tempos deixou o mundo do esporte de luto. Muhammad Ali não resistiu a problemas respiratórios decorrentes do Mal de Parkinson, que o fizeram ser internado no início desta semana em Phoenix, no Arizona, e teve o falecimento declarado oficialmente por sua família nesta madrugada de sexta-feira para sábado.
Imediatamente, o luto tomou conta dos Estados Unidos, sua terra natal. Mais precisamente de Louisville, no Kentucky, estado onde Cassius Marcellus Clay Jr., nome de batismo de Ali, nasceu em 17 de janeiro de 1942. Ele só se tornaria Muhammad Ali aos 22 anos, quando este nome lhe foi escolhido pelo líder nacional do Islamismo, religião que adotou.
Ali era um dos filhos mais reconhecidos de Kentucky e é lá que será organizado seu funeral nesta quarta-feira. Imediatamente após sua morte, o prefeito da cidade, Greg Fischer, ordenou luto na cidade e que as bandeiras sejam colocadas a meio mastro como forma de homenagear o boxeador.
“Os valores do trabalho duro, a convicção e a compaixão que Muhammad Ali desenvolveu enquanto crescia em Louisville o ajudaram a se tornar um ícone global”, declarou Fischer. “Como boxeador, ele se tornou o maior, mas suas vitórias mais duradouras aconteceram fora do ringue.”
Muhammad Ali foi campeão olímpico em 1960, em Roma, e conquistou por diversas vezes o título dos pesos pesados nas mais diversas organizações de boxe. Protagonizou combates lendários, sendo que o mais lembrado deles é a vitória sobre George Foreman em 1974, no Zaire, naquela que é chamada de “a luta do século”.
Fora dos ringues, ele ficou conhecido como defensor da igualdade racial e se recusou a combater na Guerra do Vietnã após alegar que não via motivos para lutar contra os vietcongues porque “nenhum deles me chamou de crioulo”. Também causou polêmica ao se converter ao islamismo e adotar Mohammad Ali como nome e depois explicar que não queria usar seu sobrenome de escravo que ele não havia escolhido.