A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e de sindicatos filiados assinaram, na última segunda-feira, acordo com a Petrobras para participação nos lucros e resultados (PLR) da empresa nos anos de 2021 e 2022. O pacto, que contempla a holding e suas subsidiárias, tem piso que beneficia trabalhadores que ganham menos, retorno da antecipação no início do ano do exercício vigente, redução do peso do indicador financeiro e mudança do indicador de venda de óleo e derivados para o de reutilização de água, e alteração na redação da cláusula de penalidades, com melhor definição do conceito de conflito de interesses.
Para o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, o acordo foi mais uma etapa concluída no processo das negociações coletivas que somente foram possíveis devido à força da greve realizada pelos petroleiros em fevereiro deste ano. "Sabemos que os acordos não foram perfeitos, mas foram os possíveis diante de tantos problemas enfrentados neste ano, desde janeiro, quando a gestão da Petrobras decidiu fechar a Fafen-Paraná, e a partir de março, com a pandemia que assolou todo o planeta", comenta, em nota.
Além do acordo, os petroleiros também aprovaram uma proposta inicial de mobilizações, em âmbitos local e nacional, para o próximo ano.
Entre as ações aprovadas estão o Dia Nacional de Luta em Defesa da Redução do Preço do Botijão de Gás, com mobilizações em diversas cidades do País, articuladas em conjunto com os sindicatos; o ato nacional contra a venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) e dos terminais da Bahia; e mobilizações e greve na Bahia contra a privatização do Sistema Petrobras, por direitos, empregos e pela vida. As datas ainda serão definidas.