Representante de empregados da Petrobras, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) entrou com uma petição na Procuradoria Regional do Trabalho da 1ª Região pedindo mudanças no plano de corte de custos da estatal, para que os funcionários não sejam penalizados.
Pelas contas da federação, a empresa conseguiria economizar R$ 3,6 bilhões com uma série de medidas que atingiriam mais os executivos da empresa, que ganham maiores salários, do que o pessoal da área operacional.
Entre as alternativas imediatas propostas pela FUP estão a suspensão do pagamento do restante dos dividendos aos acionistas da Petrobras; a suspensão do reajuste de 26,6% da remuneração global dos administradores da companhia; e o cancelamento do Programa de Prêmio por Perfomance (PPP) 2019.
Na petição, ainda pede a manutenção dos postos de trabalho após o fim da crise. E que o plano de resiliência apresentado pela empresa na semana passada seja suspenso. O plano prevê cortes de salários para quem não ocupa cargo de chefia e mudança no regime de trabalho, que significa cortes imediatos de adicionais de salário.
As reivindicações foram apresentadas ao Ministério Público do Trabalho (MPT) na última sexta-feira, 3.
A FUP pediu ao MPT que intermedie uma conversa com a companhia, "já que as decisões estão sendo tomadas sem participação das entidades sindicais", informou em nota divulgada por sua assessoria.
Na petição, ainda pede a anulação de punições da empresa a empregados que participaram da greve de fevereiro.