A Polícia Militar (PM) prendeu oito homens acusados de furtarem cabos telefônicos na avenida Timóteo Penteado, no Picanço, com auxílio de um caminhão baú e uma van. A ação, ocorrida na madrugada de quinta-feira, envolveu 11 homens, entre eles, um policial civil e um informante – conhecido popularmente por ganso.
Outros três ladrões fugiram em uma Ecosport vermelha antes da chegada dos policiais e outro foi capturado horas depois, ainda escondido dentro da tubulação subterrânea. Os envolvidos vestiam uniformes da empresa Icomon, terceirizada da Telefônica. O material foi avaliado em R$ 105 mil.
Por volta das 3h da madrugada, a viatura da Polícia Militar, prefixo 15.130, realizava ronda na avenida quando avistou a movimentação suspeita dos indivíduos. Segundo o soldado Pessa, a corporação já havia sido orientada para se atentar a trabalhos noturnos de funcionários da Icomon, já que recentemente houve furto semelhante na região de Cumbica.
Segundo as investigações, a quadrilha agia na cidade há pelo menos um ano e tinha a escolta do policial civil, que utilizava o distintivo e uma ordem de serviço falsa da empresa para justificar a retirada dos cabos quando o grupo era abordado. O grupo contava com o apoio de um caminhão baú e uma van adesivada da Icomon para transportar o material.
Ao reduzir a velocidade para averiguação, Pessa e o PM França avistaram o logotipo da empresa, entraram em contato com a corporação e solicitaram apoio, quando realizaram a prisão dos mesmos. Não houve reação e os acusados não estavam armados.
O último do grupo foi preso mais tarde. A Polícia Militar permaneceu no local até a chegada de uma equipe da Icomon, para fixar uma escada e ter acesso à tubulação para verificação. Quando desceram no local, encontraram o homem escondido.
Segundo Pessa, aproximadamente cinco toneladas de cabos foram apreendidas, o que daria quase seis mil metros de fiações. O gerente da Icomon, Roberto Magalhães, garantiu que nenhum dos acusados pertencem ao quadro de funcionários da empresa, porém não informou como os mesmos tiveram acesso aos uniformes da companhia, alegando que a Telefônica, contratante, não havia passado maiores informações sobre o caso.
Como houve o envolvimento de um policial civil, o caso foi registrado na Corregedoria da Polícia Civil, na Capital.