O número de fusões e aquisições realizadas no terceiro trimestre de 2014 envolvendo empresas brasileiras recuou 2,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, mostra pesquisa divulgada pela consultora KPMG. Em relação ao segundo trimestre, houve uma queda de 1,9%. O resultado leva em conta as transações efetivamente concluídas com companhias estabelecidas ou com presença no País.
Entre julho e setembro, foram realizadas 209 fusões e aquisições, ante 214 no ano passado. Nos três meses anteriores, foram registradas 213 operações. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, as empresas brasileiras participaram de 615 transações, alta de 2,5% na comparação com o mesmo período de 2013.
“Apesar de uma ligeira queda nos números do terceiro trimestre em relação ao ano passado, vemos uma estabilidade no número de fusões e aquisições em 2014, o que deve levar o acumulado do ano a uma das maiores marcas da história”, afirma o sócio da KPMG, Luis Motta.
O executivo também destacou a retomada de operações domésticas, que, com 90 transações no terceiro trimestre, registrou o melhor resultado desde o período entre julho e setembro de 2013. Os investidores estrangeiros participaram na ponta compradora de 301 transações, ou 49% do total.
As empresas de tecnologia da informação lideram o ranking, com 39 companhias envolvidas em fusões e aquisições no terceiro trimestre. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o destaque foi para o crescimento das transações com empresas de internet, que passaram de 9 operações em 2013 para 31 neste ano.
Os EUA ainda são os maiores compradores e adquiriram 31 companhias brasileiras. Em seguida, vêm Alemanha, com 11 aquisições, Reino Unido, com oito, e França, com sete.