A CBF divulgou nesta terça-feira, através da sua diretoria de registros e transferências, um raio X do futebol nacional em que aponta que o imaginário de grandes salários de jogadores é realidade para apenas uma pequena parcela deles. Afinal, de acordo com seus contratos de trabalho, 96,08% deles não receberam mais do que R$ 5 mil por mês em 2015.
O Brasil, segundo o estudo, possui 28.203 jogadores profissionais sob contrato. Desse universo, 23.238 ou 82,4%, ganham salários de até R$ 1 mil, lembrando que hoje o salário mínimo é de R$ 880. Um contingente de 3.859 atletas, ou 13,68%, estão no patamar seguinte, de salários que vão até R$ 5 mil.
Além disso, apenas 226 jogadores estão incluídos no que pode ser considerada a elite do futebol brasileiro, com salários superiores a R$ 50 mil. O estudo aponta que 78 desses receberam entre R$ 100 mil e R$ 2000 mil, 35 ganharam entre R$ 200 mil e R$ 500 mil e apenas um teve salário superior a R$ 500 mil no ano passado.
Vale destacar, porém, que muitos jogadores fazem contratos com clubes em que também recebem parte dos seus vencimentos em acordos de direitos de imagem e que o estudo da CBF só aponta os salários registrados nas carteiras de trabalho.
TRANSFERÊNCIAS – O raio X também revela que o futebol brasileiro registrou lucro nas transferências internacionais em 2015. O superávit das equipes do País em negociações foi de R$ 565.353.600.
No ano passado, 1.212 jogadores deixaram o País e se transferiram para o exterior, sendo que 99 delas envolveram o pagamento de valores, que totalizaram R$ 679.740.600.
Do exterior, 648 jogadores retornaram ao Brasil, sendo que apenas 15 delas foram transferências com o desembolso de valores. E o total investido nas negociações foi de R$ 114.387.000.