Foi aberta a disputa pela compra do Manchester United. O clube inglês se tornou alvo de seguidos rumores sobre o seu futuro nas últimas semanas e os caminhos são os mais diversos. Vão do bilionário Elon Musk a um grupo de investimentos do Catar, passando por outro bilionário, Jim Ratcliffe, o único que até agora confirmou o interesse em adquirir o time de Manchester.
Tudo pode mudar na sexta-feira, quando o clube espera que interessados confirmem uma abertura de negociação. As cifras poderão alcançar US$ 6 bilhões (cerca de R$ 31 bilhões). No ano passado, para efeito de comparação, o Chelsea foi negociado por cerca de US$ 5,1 bilhões (R$ 26,5 bilhões).
O processo de venda está sendo conduzido pelo banco Raine Group, o mesmo que liderou a mudança de comando do Chelsea, do russo Roman Abramovich para o consórcio liderado pelo empresário americano Todd Boehly. O United, contudo, estabeleceu um valor mais alto para a venda, o que acabou reduzindo as propostas oficiais.
O único que oficializou foi Ratcliffe, apesar de suas declarações de que tinha perdido o interesse em comprar algum clube inglês após não conseguir adquirir o Chelsea. Ele também indicou que a família Glazer, atual proprietária do United, não teria demonstrado interesse em abrir conversas com ele sobre a negociação.
Tudo teria mudado quando os Glazers, que também são donos do Tampa Bay Buccaneers, da NFL, anunciaram em novembro que estavam buscando novos investidores para o United. A decisão aumentou os rumores sobre a venda, apesar de a família não escancarar o interesse na venda total do clube.
Nesta terça, os rumores foram fortalecidos por uma notícia do jornal britânico <i>Daily Mail</i>, de que Elon Musk teria real interesse na compra do clube inglês. A informação, não confirmada pelo bilionário, surpreendeu porque o empresário ironizou um possível interesse sobre o clube em agosto do ano passado.
Pelo Twitter, plataforma da qual é o proprietário, ele disse que iria comprar o United. Mas, horas depois, disse que era uma brincadeira. Parte da torcida do clube chegou a comemorar a chegada do potencial novo proprietário, na época.
Outro rumor envolve a Qatar Investment Authority, o Fundo Soberano do Catar, país que sediou a última Copa do Mundo. Especialistas já veem possível conflito na Europa porque o Qatar Sports Investments, dona do Paris Saint-Germain, tem vínculo direto com o Fundo Soberano, que precisaria separar as operações entre os dois clubes para se adequar às regras da Uefa.