Economia

G-20/Jinping: Economia mundial volta a ponto crítico

O protecionismo, a chance de bolha financeira e o risco de persistência da fraca demanda podem interromper a lenta recuperação da economia global. O alerta foi dado pelo presidente da China, Xi Jinping, no discurso de abertura da reunião das 20 maiores economias do mundo, o G-20. O líder chinês pediu que autoridades executem reformas estruturais e defendeu que o grupo deve “ser de ação e não de debate”.

“Há oito anos, no ponto alto da crise, o G-20 atuou com espírito de solidariedade e tirou do precipício a economia mundial. Hoje, a economia mundial volta a estar em ponto crítico”, disse Jinping, ao mencionar a recente desaceleração do crescimento global, o que aumenta a pressão sobre os países.

Esse problema afeta diversos países, a começar pelo anfitrião. Antes um dos motores do crescimento global, a China tem mostrado menor vigor. A atividade desacelera e, ainda que a volatilidade do mercado financeiro tenha sido contida, analistas seguem com dúvidas sobre a hipótese de um “pouso forçado” da segunda maior economia do mundo.

Diante desse cenário, Xi Jinping apontou para riscos e pediu medidas. “O G-20 deve ser um grupo de ação e não um grupo de debate”, disse. “O protecionismo está aumentando. Apesar dos avanços da reforma financeira, seguem existindo risco de bolha. A economia ainda se recupera e enfrenta diversos riscos e desafios, como baixo crescimento, fraca demanda, menor força do comércio e queda do investimento”.

Para que a economia global volte a crescer com mais força e de maneira sustentável, equilibrada e inclusiva, o líder chinês pediu que o grupo das 20 nações cooperem para promover o crescimento. Na receita proposta, Jinping recomnd que “os membros devem interagir e coordenar as reformas estruturais e monetárias”.

Maior exportadora do mundo, a China pediu que países não fechem fronteiras comerciais. “Devemos ter a economia mundial aberta promovendo a facilitação do comércio. Devemos cumprir o compromisso de não adotar novas medidas protecionistas para consolidar o crescimento do comércio”, instou o anfitrião.

A presidência chinesa do grupo defende foco sobre o crescimento de longo prazo e o discurso de abertura citou horizonte até 2030. “O G-20 deve adaptar-se às necessidades da economia mundial e transformar-se em um sistema com visão de mais longo prazo. Faz falta uma visão estratégica de longo prazo”, disse. A China prega que o grupo deve perseguir o crescimento econômico com inovação como na eficiência energética.

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