O grupo das 20 maiores economias do mundo, o G-20, avaliou que a reação dos mercados financeiros à decisão dos britânicos de deixar a União Europeia foi “melhor que o esperado”. A afirmação foi feita pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, que ressaltou que o chamado Brexit é um novo fator de risco à economia global e que afeta as perspectivas de crescimento.
“Entre os vários membros, há a sensação de que os esforços adotados desde a crise internacional geraram resiliência. Uma vez ocorrido o Brexit, a volatilidade que se observou foi melhor do que o esperado. Não pior que o esperado”, disse Goldfajn em entrevista no dia último dia da reunião financeira do G-20. “A sensação é de cerca forma mais que alívio, é de algum dever cumprido porque o que foi feito deu resultado”, disse, ao comentar que a reação relativamente bem comportada dos mercados reafirma a análise do G-20 que as reformas devem continuar no mesmo caminho.
Apesar dessa avaliação positiva, o presidente do BC nota que o Brexit gera novas incertezas e, sem isso, o crescimento da economia mundial poderia ser mais vigoroso. “A percepção que nós temos é que, na ausência do Brexit, teríamos um aumento das projeções de crescimento no mundo. Agora, há mais incertezas e o cenário (de crescimento) pode ficar igual ou menor no mundo”, disse.