Os ministros de Relações Exteriores do G-7 divulgaram comunicado, no qual se dizem preocupados com "ações recentes e anunciadas ameaçadoras" da China em relação ao Estreito de Taiwan. A nota divulgada nesta quarta-feira (3) pelo grupo, formado por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, é divulgada após visita da presidente da Câmara dos Representantes americana, Nancy Pelosi, exacerbar tensões entre Pequim e Taiwan e também entre chineses e americanos.
O comunicado é ainda assinado pelo Alto Representante da União Europeia (UE). Segundo o grupo, preocupa particularmente a realização de exercícios militares com munição de verdade e a "coerção econômica" exercida pela China, "com risco de escalada desnecessária". Segundo o G-7, não é motivo para se usar uma visita como pretexto para "ação militar agressiva no Estreito de Taiwan". A resposta chinesa eleva riscos de mais tensões e desestabilização na região, aponta o grupo.
O G-7 solicita ainda que a China "não mude de modo unilateral pela força o status quo da região" e pede que as diferenças no Estreito de Taiwan sejam resolvidas "pelos meios pacíficos". O G-7 diz que não houve mudança nas políticas dos países do grupo em relação a uma China, "onde ela é aplicável", bem como nas posições básicas sobre Taiwan.