G-7 reforça compromisso com países pobres e fala em falhas em programa de dívidas

Os ministros das finanças do G-7 divulgaram um comunicado conjunto em que reiteram o compromisso em ajudar as economias mais pobres durante a crise provocada pelo novo coronavírus. No texto, o grupo informa que a iniciativa do G-20 de suspensão temporária do pagamento de dívidas, conhecida como DSSI, já beneficiou 43 países de baixa renda e liberou US$ 5 bilhões em espaço fiscal.

"Os credores bilaterais oficiais do G-20 e do Clube de Paris continuam a coordenar estreitamente para fornecer alívio total e transparente no âmbito do DSSI", destaca a nota.

Segundo os ministros, a implementação do programa tem enfrentado algumas falhas. "Lamentamos profundamente a decisão de alguns países de classificar grandes instituições financeiras estatais e controladas pelo governo como credores comerciais e não como credores bilaterais oficiais", explicam.

Os representantes das sete economias avançadas também ressaltam que o projeto de alívio de dívidas não tem contado com a participação voluntária de credores privados. "Reiteramos nosso apelo para que os credores privados implementem o DSSI de forma voluntária quando solicitado pelos mutuários elegíveis", exortam.

O grupo reconhece ainda que, para alguns países, a moratória não será suficiente. "Neste contexto, apoiamos o desenvolvimento de uma estrutura comum para futuros tratamentos da dívida além do DSSI, a ser acordado pelo G-20 e pelo Clube de Paris na reunião de outubro dos Ministros das Finanças e presidente dos Bancos Centrais do G20", pontua.

Os ministros pedem para que o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) avaliem, de forma regular, as necessidades enfrentadas por nações vulneráveis. "Elogiamos os esforços das instituições financeiras internacionais (IFIs) para aumentar rapidamente a assistência técnica e financeira a esses países", saúdam.

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