Os Estados Unidos se comprometeram a injetar mais US$ 667 milhões e a Alemanha mais US$ 54 milhões no Fundo Pandêmico, um mecanismo de financiamento multilateral para evitar ou enfrentar pandemias no mundo. Nessa segunda rodada de doações, o fundo pretende repetir os US$ 2 bilhões obtidos no ano passado.
O anúncio do aporte norte-americano foi oficializado na manhã desta quarta-feira, 24, pela secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, que participa de reuniões no Rio de Janeiro no âmbito do G20.
Os recursos do Fundo Pandêmico são voltados para países com baixa e média renda, como o Brasil, que já é beneficiado por um programa financiado pelo fundo, o Protector, voltado para a população da Amazônia.
"O Presidente Biden e eu acreditamos que um Fundo Pandêmico, com todos os recursos, nos permitirá prevenir, preparar e responder melhor às pandemias – protegendo os americanos e as pessoas em todo o mundo de enormes custos humanos e econômicos", disse Yellen em nota antes da abertura da reunião sobre o assunto, em um hotel da zona sul do Rio.
Ela fez um apelo para que todos os atuais doadores dupliquem as suas promessas iniciais, "e aos novos doadores que se comprometam a atingir o nosso objetivo de US$ 2 bilhões", afirmou a secretária do Tesouro.
Presente no evento, a ministra Federal da Cooperação Económica e do Desenvolvimento da Alemanha, Svenja Schulze, afirmou que o Fundo Pandêmico é fundamental para melhorar a preparação global para surtos de doenças infecciosas.
"A Alemanha aumenta significativamente a sua contribuição e incentiva todos os parceiros do G20 a juntarem-se a nós no reforço do Fundo", disse Schulze.
Uma nova reunião do Fundo Pandêmico deverá ocorrer em 31 de outubro, organizado pelo Brasil no âmbito da presidência do País no G20, segundo a organização do evento.