A ponteira Gabi Cândido, do Sesi-Bauru, time que caiu nas semifinais da Superliga Feminina, explicou nesta quarta-feira, em suas redes sociais, os motivos de sua dispensa da seleção brasileira de vôlei, confirmada na terça pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). A jogadora revelou que, após diversos pedidos de liberação, apontou problemas de saúde para não defender o Brasil em 2019 – sofre da síndrome do pânico.
Gabi usou a sua conta no Instagram para, em dois postos consecutivos, reafirmar o seu comprometimento com a seleção brasileira em todos os momentos de sua carreira. A ponteira lamentou as críticas que recebeu por deixar o time comandado pelo técnico José Roberto Guimarães em um ano com várias competições importantes às vésperas dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 – Liga das Nações, Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru), Sul-Americano, Pré-Olímpico e Copa do Mundo.
“Sirvo a seleção brasileira de base com muito orgulho desde 2012. NUNCA (e quem me conhece sabe e pode afirmar) deixei de dar todos os dias o melhor de mim. Sou imensamente grata ao Zé Roberto pelo reconhecimento do meu trabalho. Não devo satisfação a nenhum de vocês, mas já que vocês gostam tanto de nos julgar, por motivos que não cabem a vocês eu vou explicar resumidamente o porquê de eu não ter me apresentado. Tenho uma doença chamada síndrome do pânico; ou seja “crises repentinas de ansiedade aguda, marcadas por muito medo e desespero, associadas a sintomas físicos e emocionais aterrorizantes.” para que entendam melhor”, explicou.
“Dói muito em mim ler comentários tão cruéis me chamando de covarde. De pessoas que nem se quer me conhecem ou sabem quem eu sou. Agradeço muito a Deus por estar melhor hoje e a minha família que me dá total apoio e conforto para que eu melhore cada dia mais. E para os cornerteiros de plantão, e pra quem me pergunta de coração aberto e quer o meu bem, é por isso que em 2019 peço dispensa da seleção”, completou.
Gabi Cândido havia sido convocada na semana passada por Zé Roberto Guimarães para um primeiro período de treinamentos, que começou na última segunda-feira, no Centro de Desenvolvimento do Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ).