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Gabriel Jesus desencanta e Brasil vence República Checa de virada

A seleção brasileira terminou com vitória o giro amistoso que realizou na Europa. Nesta terça-feira, em Praga, ganhou de virada da República Checa por 3 a 1, num jogo em que teve um péssimo primeiro tempo, mas que fez uma boa exibição da etapa final. Um fator positivo para a equipe, que no último sábado sofreu até para concluir contra o gol do Panamá no empate por 1 a 1, foram os gols dos dois centroavantes do time.

Roberto Firmino marcou o primeiro da seleção contra os checos e Gabriel Jesus, que entrou durante a partida, fez os outros dois. Mas bom futebol mesmo nestas duas partidas, a equipe só jogou no segundo tempo do amistoso com os checos, quando foi ofensiva, teve boa movimentação e variação de jogadas. De toda forma, Tite pôde fazer observações que serão importantes para formar o grupo que disputará no meio do ano a Copa América.

Tite convocará os 23 jogadores que defenderão o Brasil na Copa América no dia 17 de maio. Os jogadores se apresentam no dia 20 para um período de treinos, inicialmente na Granja Comary, em Teresópolis. A seleção estreia na competição no dia 14 de junho, às 21h30, contra a Bolívia, no Morumbi.

O JOGO – Com uma defesa totalmente diferente da que enfrentou o Panamá no sábado, e Allan no lugar de Arthur no meio-campo, a seleção tomou a iniciativa do jogo nos primeiros minutos, posicionando-se de maneira mais agressiva, o que obrigou os checos a marcar bem atrás em seu campo de defesa. O time pelo menos entrou em campo mais disposto do que havia ocorrido na cidade do Porto, quando houve momentos de irritante apatia.

Quando o adversário tinha a bola, a seleção procurava fazer marcação alta, para reduzir o espaço e impedir a construção de jogadas. Mas, quando a situação se invertia, os checos também dificultavam a saída de bola brasileira.

O jogo, com isso, se desenvolvia entre as intermediárias e os goleiros Alisson e Pavlenka praticamente não trabalhavam. Assim, a primeira vez que ocorreu uma jogada na área foi aos 18 minutos, quando Alex Sandro cruzou da esquerda e Allan tentou concluir, mas, desequilibrado, pegou torto na bola, que saiu sem direção.

Mas a primeira oportunidade real de gol foi da República Checa, aos 21 minutos. Numa cobrança de falta que ele mesmo sofreu, Schick obrigou Alisson a fazer excelente defesa, espalmando a bola depois que a barreira abriu no chute rasteiro.

Nesse momento do jogo, a República Checa já era melhor e tentava colocar uma pressão. O meio-campo do Brasil não funcionava. Lucas Paquetá estava sumido, Coutinho, que começou fazendo boas jogadas pelo lado esquerdo, também, e Allan não dava fluência ao jogo. Ainda assim, a seleção teve uma chance em cobrança de falta sofrida por Paquetá. Casemiro cobrou e Pavlenka rebateu.

Mas os europeus dominavam a partida, com um futebol agressivo e também se aproveitando dos erros do Brasil. A seleção não conseguia organizar uma jogada e invariavelmente perdia a bola para a forte marcação checa.

A consequência foi o gol checo aos 36 minutos, erro na saída de bola brasileira. Masopust lançou, a bola desviou em Allan, passou entre as pernas de Marquinhos e sobrou para Pavelka, livre na entrada da área, bater forte no canto direito de Alisson.

Tite ainda inverteu o posicionamento de Richarlison com o de Coutinho, adiantou um pouco mais Paquetá, mas não deu resultado. O domínio, até o final da etapa, foi do adversário.

O Brasil voltou com Everton no lugar de Lucas Paquetá e o atacante do Grêmio de cara fez uma jogada individual, partindo para cima dos zagueiros, tentando drible, algo que a seleção não fizera no primeiro tempo.

Mas o empate brasileiro só saiu graças a um erro duplo da defesa Checa. Após uma bola lançada desde a defesa por Marquinhos, Sellassie se atrapalhou ao recuar para Sychy e Roberto Firmino se aproveitou para ganhar a bola do zagueiro e tocar na saída do goleiro, com apenas três minutos da etapa. O jogador do Liverpool fez seu nono gol com a camisa da seleção.

O gol animou o time de Tite e a República Checa passou a ter momentos de instabilidade até pelo fatos de três de seus jogadores se contundirem um atrás do outro. A seleção cresceu um pouco e quase virou aos 15, quando, após uma roubada de bola, Firmino tocou para Coutinho bater da entrada da área, mas Pavlenka espalmou para escanteio.

O Brasil passou a dominar a partida, e Tite aproveitou para fazer mais testes. Deixou o time bastante ofensivo com David Neres (entrou no lugar de Richarlison), Roberto Firmino, Gabriel Jesus (substituiu Coutinho) e Everton na frente.

A seleção passou a jogar no campo de defesa dos checos e, aos 31 minutos, teve grande chance quando David Neres tabelou com Arthur, mas diante de Pavlenka, bateu em cima do goleiro. O time se movimentava bem e, com isso, envolvia o adversário.

A virada ficou próxima e saiu aos 37 minutos. Danilo lançou David Neres pela meia esquerda, a defesa checa estava aberta e o ex-jogador do São Paulo tocou fácil para Gabriel Jesus, que entrava livre pelo outro lado, marcar.

Gabriel Jesus marcaria o terceiro aos 44 minutos, após um excelente jogada. Ele tocou para David Neres, que penetrou na área e tocou para Allan, que só rolou para Jesus, que penetrara por trás da zaga, tentar duas vezes e colocar a bola no fundo da rede. Com isso, a seleção brasileira terminou dando uma boa impressão, com a torcida gritando “olé” e aplaudindo o time que, na soma das duas partidas amistosas, ficou devendo.

FICHA TÉCNICA:

REPÚBLICA CHECA 1 x 3 BRASIL

BRASIL – Alisson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro (Arthur), Allan e Lucas Paquetá (Everton); Richarlison (David Neres), Roberto Firmino (Fabinho) e Philippe Coutinho (Gabriel Jesus). Técnico: Tite.

REPÚBLICA CHECA – Pavlenka; Coufal, Suchy, Celustka (Kúdela) e Novák (Sellassie); Soucek, Pavelka (Kral), Darida (Frydek), Masopust e Zmrhal (Jankto); Schick (Vydra). Técnico: Jaroslav Silhavy.

GOLS – Pavelka, aos 36 minutos do primeiro tempo. Roberto Firmino, aos 3, e Gabriel Jesus, aos 37 e aos 44 minutos do segundo tempo.

CARTÃO AMARELO – Casemiro.

ÁRBITRO – Ovidiu Hategan (Romênia).

RENDA E PÚBLICO – Não divulgados.

LOCAL – Eden Arena, em Praga (República Checa).

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