O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (União Brasil-RJ) desistiu de concorrer ao comando do Executivo estadual. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 19, após reuniões com a legenda no Estado.
Em nota, a assessoria informou que ficou acertado que Garotinho não terá a obrigação de apoiar o governador Cláudio Castro (PL). Como mostrou o <b>Estadão/Broadcast</b>, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o ex-governador acumulava atritos com Castro por causa de uma disputa por espaço em sua base eleitoral no interior.
A principal condição do clã Garotinho para apoiar a reeleição de Castro era que o governador se afastasse politicamente do secretário de Governo, Rodrigo Bacellar. Trata-se de um político local, deputado estadual em primeiro mandato, com base eleitoral em Campos dos Goytacazes (RJ). Lá, é rival dos Garotinhos. A discórdia ganhou contornos de rixa pessoal e se tornou pública nas redes sociais.
Após anunciar desistência, Garotinho confirmou que decidirá até a próxima sexta-feira, 22, se será candidato a deputado federal, estadual ou a nenhum cargo.
Sua filha, a deputada Clarissa Garotinho foi anunciada como a pré-candidata ao Senado pelo União Brasil.
Na sexta-feira, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) rejeitou um recurso apresentado pela defesa de Garotinho e manteve, por unanimidade, uma condenação definida contra o político em 2016. Assim, de acordo com o Ministério Público Eleitoral do Rio, autor da ação, Garotinho havia voltado a ficar inelegível em razão da chamada Lei da Ficha Limpa. No mesmo dia, ele disse recorreria da decisão.