A Gaviões da Fiel pediu que o jogo do Corinthians contra o Estudiantes nesta terça-feira, pela partida de ida das quartas de final da Copa Sul-Americana, na Neo Química Arena, seja adiado. De acordo com a comunicação da maior organizada do clube, a solicitação foi feita de maneira informal em respeito às vítimas do acidente do último domingo que matou sete torcedores na viagem de volta de parte da torcida após o empate do time contra o Cruzeiro pelo Brasileirão.
Em contato com a reportagem do Estadão, a Gaviões da Fiel disse entender que o momento não é para se preocupar com a realização de um jogo de futebol. A torcida organizada busca dar forças para as famílias que perderam pessoas no acidente e decretou luto. As sedes não terão atividades nesta segunda-feira.
"O jogo em si é o menos importante de tudo agora. Pedimos para o clube tentar adiar sim, de maneira informal. Se tiver a partida vamos estar no estádio e vamos fazer as devidas homenagens para todos da maneira que for possível. O foco agora não é a partida", explicou Danilo Oliveira, o "Biu", vice-presidente da organizada, em conversa por mensagem com a reportagem.
De acordo com o regulamento da Copa Sul-Americana, o pedido de adiamento pode não ser possível. Segundo o que foi enviado para os clubes participantes da competição de 2023, todos os pedidos institucionais das equipes para os jogos precisam ser enviados para a entidade responsável pela realização da competição com, no mínimo, 72 horas de antecedência. Por se tratar de uma situação completamente atípica, a Conmebol pode fazer uma exceção.
VELÓRIO
Questionados pela reportagem sobre informações do velório das vítimas, a organizada confirmou que ele acontecerá no Ginásio de Esportes Prof. Manoel Cesar Ribeiro, em Pindamonhangaba, nesta segunda-feira, a partir das 14h.
O Corinthians se solidarizou com todas os familiares das vítimas do acidente e se colocou a disposição para ajudar com o custo do translado e do velório. O presidente do Conselho Deliberativo do clube, Alexandre Husni, também lamentou o acidente com vítimas fatais. "Hoje é um daqueles dias em que a palavra, este valioso e potente instrumento do qual nos valemos todos os dias para expressar nossas ideias e sentimentos, torna-se praticamente inútil", escreveu Hunsi, também mencionando possível ajuda a vítimas e familiares.