O indiciamento ocorreu após o depoimento de Roberta no 1º Distrito Policial de Guarulhos.
Ana Paula, também chamada de “menina veneno”, é acusada de ter envenenado e matado quatro pessoas entre janeiro e maio deste ano. Os crimes ocorreram em diferentes locais: dois em Guarulhos, um na cidade de São Paulo e outro em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
Segundo as investigações, Roberta atuava como “consultora financeira e operacional” da irmã, orientando sobre o uso de dinheiro em espécie, definindo valores mínimos para os assassinatos — cerca de R$ 4 mil por “serviço” — e instruindo Ana Paula a evitar rastros digitais, recomendando que conversas mais sensíveis fossem feitas por ligação telefônica.
Além das irmãs, também está presa Michele Paiva da Silva, acusada de contratar o assassinato do próprio pai, Neil Corrêa da Silva, morto em abril no Rio de Janeiro. Ana Paula teria viajado até Duque de Caxias para executar o crime, envenenando uma feijoada servida à vítima. Em áudio enviado à irmã, Ana descreve com frieza os detalhes da ação, relatando que Neil ingeriu apenas duas colheres do prato antes de se sentir mal e morrer dias depois.
A polícia afirma que Ana Paula chegou a testar o veneno em animais antes de usá-lo contra as vítimas humanas. O caso tem chamado atenção pela frieza e organização dos crimes, além da suposta atuação conjunta das irmãs.
As três acusadas seguem presas preventivamente enquanto o inquérito avança. A Polícia Civil ainda investiga se há outras vítimas e cúmplices envolvidos na rede de assassinatos por encomenda.


