O Brasil acaba de atingir 2 Gigawatts (GW) em Geração Distribuída solar fotovoltaica de potência instalada, informou nesta terça-feira, 21, a associação do setor, Absolar. O segmento abrange sistemas de microgeração e minigeração distribuída em residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos e pequenos terrenos.
Segundo mapeamento da Absolar, a fonte solar fotovoltaica representa 99,8% das instalações de geração distribuída do País, num total de 171 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede e mais de R$ 10 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões nacionais
Em número de sistemas fotovoltaicos instalados no Brasil, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 72,60% do total. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (17,99%), consumidores rurais (6,25%), indústrias (2,68%), poder público (0,43%) e outros tipos, como serviços públicos (0,04%) e iluminação pública (0,01%).
Apesar da marca atingida, o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, destaca que ainda é pouco para um País das dimensões do Brasil, que necessita de um marco regulatório para dar maior segurança ao investidor, e "que desfaça a insegurança jurídica que paira sobre o mercado", afirmou em nota.
A energia eólica, por exemplo, já conta com 15 GW instalados, mas começou a ser implantada em 2005, bem antes da energia solar (2012).
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estudava mudança nas regras da Resolução Normativa 482/2012, que normatizou a geração distribuída no País, propondo o pagamento da chamada taxa-fio (Tusd) às distribuidoras. Após críticas, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não "iria taxar o sol".