Centenas de documentos do Metrô, incluindo relatórios sobre as atrasadas linhas de monotrilho da capital, foram colocados em sigilo pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB). O governo de São Paulo publicou decreto classificando os documentos como “ultrassecretos”, o que, segundo a Lei de Acesso à Informação, garante sigilo dos papel por ao menos 25 anos. O ato foi revelado nesta terça-feira, 6, pelo jornal Folha de S. Paulo.
Em entrevista pela manhã, Alckmin responsabilizou a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos pela medida e avisou que medida seria “reavaliada”.
A classificação como ultrassecreta é a mais alta nos critérios criados pela Lei de Acesso, de 2011. Por causa da determinação, relatórios de segurança da Linha 15-Prata, o monotrilho da zona leste, que foi aberto para testes há um ano e até hoje não funciona das 4h40 à meia-noite, como o restante do metrô, não podem ser consultados pela população. Mas vale também para todas as demais obras em andamento no Estado.
Em São Paulo, a Linha 4-Amarela está paralisada. A Linha 5-Lilás está com mais de um ano de atraso. A linha 17-Ouro estava prometida para a Copa do Mundo e a Linha 15-Prata não tem mais data para chegar até Cidade Tiradentes, no extremo Leste, como foi prometido. Apenas a Linha 6-Laranja, cuja execução não está sendo feita pela gestão Alckmin, não está com cronograma atrasado.