Política

Gestores de escolas municipais repudiam declaração de presidente do PSDB no Facebook

Presidente do PSDB municipal apagou postagem e, depois, publicou outra dizendo que foi mal interpretada

Uma publicação – já excluída – de sexta-feira, 17/7, nas redes sociais da empresária Francislene Assis Corrêa (presidente do diretório municipal do PSDB), gerou revolta na Associação dos Gestores das Escolas Municipais de Guarulhos (Agemg). Na postagem, com a frase “Educação sem rumo”, Fran Corrêa critica o setor por supostamente demorar mais de 100 dias para encaminhar atividades aos alunos da rede municipal. “Tenho certeza que isso é tempo demais pra deixar a educação esperando”, dizia a publicação.

Incomodada, a Agemg soltou uma nota de repúdio à empresária tucana. “Informamos a senhora Francislene e demais interessados que as servidoras e servidores da rede municipal de educação, desde a ocasião do primeiro anúncio oficial do prefeito da cidade, em meados da segunda quinzena de março, todos nós servidores, assim como os munícipes, passamos a conviver em um estado de atenção e de cuidados. Nesse contexto, o trabalho da educação municipal prosseguiu sendo realizado, mas com uma abordagem especial: educar a partir da absoluta defesa da vida e da promoção da saúde de crianças jovens e adultos, quer educandos, familiares e funcionários”, respondeu a associação.

“Desde o dia 16 de março o conjunto de servidores da educação atuou no diálogo com as famílias informando sobre a nova doença, seus riscos, formas de prevenção e na organização gradual para o período de quarentena que se iniciava. Conforme legislação do tema, no mês de abril foi antecipado pelas autoridades competentes o recesso escolar. Apesar disso, gestores/as das escolas municipais deram sequência ao trabalho habitual, mas que no novo cenário ganhou dimensões de ainda maior complexidade. Tivemos parceria e integração para a educação das crianças, jovens e adultos”, continuou.

“Cabe pontuar, que no retorno do recesso escolar, 04 de maio, seguindo as diretrizes da Secretaria Municipal de Educação, a proposta curricular do município (QSN 2019) e, considerando os desafios impostos para o atendimento de mais de 100 mil educandos da rede, as equipes escolares sob a coordenação da gestão escolar iniciou um processo de construção coletiva das ações que desde então foram promovidas junto aos educandos”, completou a nota. 

Após a repercussão, Fran Corrêa apagou a publicação original e emitiu um novo post alegando que não tinha a intenção de atacar os professores. “Sei das lutas diárias de cada professor e professora da rede pública municipal para minimizar o impacto da falta de compromisso desta administração de Guarulhos”, disse Fran. “Aproveito a oportunidade para me desculpar com aqueles educadores que tenham eventualmente se sentido atingidos”, complementou.

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