Cinema

“Gigantes de Aço” mistura drama de boxe com robôs dentro do ringue

Filme traz Hugh Jackman no papel de "treinador" dos robôs pugilistas

Hugh Jackman é daqueles atores que provavelmente ficarão marcados por um papel. Embora tenha participado de produções tão distintas quanto "O Grande Truque" (de Christopher Nolan) e "Fonte da Vida" (de Darren Aronofsky), e trabalhado com o cultuado Woody Allen em "Scoop – O Grande Furo", é comum lembrar-se do mutante Wolverine da saga "X-Men" ao olhar para o ator australiano, que deve ganhar novo filme em 2013. O fato é que ele volta a usar os músculos na produção "Gigantes de Aço", que chega amanhã aos cinemas.

Usar os músculos, na verdade, é uma expressão imprecisa: o personagem de Jackman, Charlie Kenton, foi um boxeador de sucesso no passado, "o segundo melhor do mundo", como explica sua namorada, Bayley (Evangeline Lilly, da série "Lost"). O filme, no entanto, se passa em 2020, ano em que a luta com humanos passa a ser proibido, e Kenton trabalha como treinador e empresário do esporte da moda: boxe com robôs. Como os autômatos podem ser substituídos, as lutas são bem mais perigosas, oferecendo, como já se diz na internet, "a mistura de Rocky com Transformers". Como é costume na maioria dos filmes sobre luta, ele não é muito bem sucedido, e precisa de dinheiro o mais rápido possível. Para piorar a situação, Kenton não está muito bem, o que só complica a vida do ex-pugilista.

Produção da Dreamworks

No filme do diretor Shawn Levy ("A Pantera Cor-de-Rosa", "Uma Noite No Museu"), o boxe é usado como uma metáfora para a superação. A fórmula, embora não seja muito original, figurando em produções como "O Vencedor", "O Lutador", e na hexalogia "Rocky", ganha novas roupagens com "Gigantes de Aço". A começar pelo tom bem mais familiar que o filme apresenta, sem os cigarros, drogas e sexo dos filmes citados. Também muda a "inspiração" que transforma o perdedor em ganhador, que não vem em forma de um novo amor ou da percepção de sua situação: desesperado por encontrar um novo robô lutador, o protagonista encontra um modelo antigo em um ferro velho, e decide treiná-lo para lutar. Embora bastante ultrapassado, o novo combatente, batizado de Atom, possui uma função de "sombra", que lhe permite imitar o que o seu treinador fizer. Desse modo, a experiência de Kenton serve para lutar do lado de fora do ringue, enquanto Atom começa a ganhar as batalhas, ajudando seu mentor a reviver seus dias entre as cordas. O filme conta com produção da Dreamworks, de Steven Spielberg e em seu final de semana de estréia nos EUA, há duas semanas, arrecadou US$ 27,3 milhões.

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