O deputado estadual Gil Diniz (PSL-SP) afirmou ao <b>Broadcast Político</b> não ter sido notificado sobre a determinação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de que seja ouvido em até 10 dias no inquérito das fake news. Ele disse que saber da convocação por meio da imprensa "que vai ser intimado a depor a posteriori é um cala boca" contra parlamentares eleitos que criticam o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação na Corte.
Outros que serão ouvidos na investigação, como os deputados federais do PSL Bia Kicis (DF), Daniel Silveira (RJ) e Junio Amaral (MG), também afirmaram à reportagem não ter recebido qualquer comunicação do STF. Carla Zambelli (SP), Filipe Barros (PR) e Luiz Phillipe Orleans e Bragança (SP) não responderam.
"Sempre achei que iria (ser alvo de ação do STF no inquérito das fake news) porque sou próximo do presidente (Jair Bolsonaro), mas é f*** ficar sabendo pela imprensa", disse Diniz, também conhecido como Carteiro Reaça.
Questionado sobre se teme ser preso, o deputado da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) afirmou não ter cometido qualquer ato ilícito, mas disse temer pela liberdade de qualquer indivíduo que ouse criticar o STF. "Depois de uma decisão do STF recorro a quem?"
Para ele, o inquérito das fake news, aberto de ofício pela própria Corte, é "ilegal" e uma "arma para silenciar opositores" de Bolsonaro. "Hoje foi no Douglas (Garcia, cujo gabinete na Alesp foi alvo de mandado de busca e apreensão), amanhã pode ser em mim e depois qualquer crítico."