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Gil e Caetano surpreendem e esquentam o carnaval baiano

No circuito multicultural de Salvador, o Pelourinho viveu no fim da noite da última sexta-feira o melhor do carnaval. No palco do largo do Centro Histórico uma homenagem aos cinquenta anos da Tropicália reuniu Gilberto Gil, Caetano Veloso, José Carlos Capinam, Alexandre Leão, Claudia Cunha e Moreno Veloso no mesmo palco. Uma das maiores expressões do Tropicalismo, Caetano não iria se apresentar, mas depois de um breve show e de Capinam subir ao palco e explicar as ideias do movimento, a atração foi anunciada. Caetano disse que não havia ensaiado e que iria improvisar.

No fim, o cantor e compositor cantou “Alegria, alegria”, acompanhado pelo público e recebeu de volta “Fora Temer”. “Eu agradeço muito por estar aqui, nem me organizei para tocar, mas vim. Dei uma passadinha porque eu adoro carnaval e tenho orgulho do Tropicalismo. Meu filho vai tocar e Gil vai cantar e pronto, tá perfeito”, disse Caetano, antes de subir ao palco.

Depois de mais alguns ritmos, Gilberto Gil foi chamado e ovacionado pelo público formado de uma mistura de fãs nativos, de outros Estados e de turistas internacionais. Em seguida cantou “Soy Louco por ti América”, uma parceria com Capinam e interpretada primeiramente por Caetano. No repertório ainda constaram Marginália II, Domingo no Parque e Toda Menina Baiana.

“A Tropicália deu espaço para muitas vertentes no carnaval baiano, como os blocos afro, a axé music. É maravilhoso receber essas homenagens” disse Gil. Após a participação de Gil, Moreno Veloso, filho de Caetano, deu continuidade à apresentação, executando, ao lado de Cláudia Cunha, músicas em homenagem ao Olodum e ao Ilê Aiyê.

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